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Radar ambiental: Crimes ambientais envolvem até US$213 biliões por ano

A depredação da natureza está rendendo até US$ 213 bilhões (cerca de R$ 473 bilhões) por ano para grupos ilegais. Esse é o principal dado do relatório “The Environmental Crime Crisis” feito pela Interpol e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep, na sigla em inglês) e divulgado nessa terça (24). As organizações ainda chamam atenção para o fato de que o lucro desses grupos é usado para manter terroristas e criminosos.

“Organizações criminosas transnacionais têm lucros imensos ao explorarem os nossos recursos naturais para financiar suas atividades ilícitas”, explicou o diretor executivo da Interpol, Jean-Michel Louboutin. Para ele, a solução é um “dedicado esforço internacional para efetivamente combater essa ameaça à segurança global”.

Perdas econômicas

O relatório também chama atenção para o fato de que os países que estão perdendo seus recursos naturais estão perdendo, também, recursos econômicos.

“Além dos impactos ambientais imediatos, o comércio ilegal de recursos naturais está privando economias em desenvolvimento de bilhões de dólares em lucros para encher o bolso de criminosos”, diz Achim Steiner, diretor executivo da Unep.

Solução

O relatório deu 12 recomendações para lidar com o crime ambiental, entre elas, o esforço coordenado de autoridades, leis mais duras, certificações de produtos legais mais rígidas e campanhas de conscientização para os compradores finais dos produtos.

O Brasil é citado no relatório como um caso de sucesso no combate ao crime ambiental no mundo.

“Ao combater a cadeia criminosa como um todo, o Brasil provavelmente se tornou um dos líderes mundiais em esforços extensos para reduzir o desmatamento ilegal”, diz o relatório.

De acordo com o texto, o desmatamento da Amazônia foi reduzido de 64% a 78% desde os anos 80, quando foi iniciado o monitoramento da floresta.