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Crianças assistem à reintrodução de cerca de 100 aves na natureza

Mais de 40 crianças assistiram, na última sexta-feira (6), à reintrodução de cerca de 100 aves à natureza. Os pássaros fazem parte do projeto Asas (Área de Soltura de Aves Silvestres), que reabilita aves vítimas do tráfico ilegal e maus tratos. Os pequenos são alunos das Escolas Municipais Carmela Caruso Aluotto e Padre Xisto. Entre aves soltas estavam azulões, canário-chapinha, tico-tico e tico-tico-rei.

João Paulo Vasconcelos, coordenador do Asas, fez uma pequena palestra antes da soltura. Ele explicou o que é o tráfico, seus danos às aves e como é a passagem delas pelo projeto. “Dois problemas principais estão acabando com a nossa fauna hoje: o desmatamento e o tráfico de animais silvestres. Se você retira os animais da natureza, você prejudica todo o equilíbrio do ambiente. Além disso, quem gostaria de viver dentro de uma gaiola?”, disse.

Após assistirem a volta dos animais ao meio ambiente, todas as crianças receberam uma carteirinha personalizada. Os alunos foram convidados a se tornarem protetores das aves e parceiros do projeto Asas. A carteirinha tem espaço para as crianças colarem uma foto e para assinarem. “É um comprometimento de vocês com a questão ambiental e com os pássaros”, enfatizou João durante a entrega.

Asas

O projeto Asas da Amda é resultado de convênio para soltura de pássaros apreendidos pela Polícia Militar de Meio Ambiente (PMMA) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em ações de combate ao tráfico e aprisionamento de animais silvestres. A iniciativa é fruto de parceria com proprietários de uma fazenda em Brumadinho, Minas Gerais, onde o projeto foi implantado em junho de 2012. A propriedade onde o projeto está inserido tem cerca de 300 hectares e possui áreas de Mata Atlântica, Cerrado e Campos.

Após passarem alguns dias no Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama para serem examinados e observados, os animais apreendidos são direcionados a criadores comerciais, projetos conservacionistas ou de soltura, como é o caso do Asas. Lá, eles passam por um período de readaptação, quando reaprendem a voar e a se alimentar de insetos e outros elementos disponíveis na natureza. Os animais reinseridos em seu habitat natural recebem uma anilha para que seja possível identificá-los e monitorá-los após a soltura – o que também inibe sua captura por traficantes ou intermediários do tráfico.

Confira o vídeo da soltura!