Notícias

Repercute: Inventário de árvores de BH atrasa novamente

Repercute: Inventário de árvores de BH atrasa novamente
Rua Antônio Aleixo

Dezembro de 2015 é a nova previsão para que o Inventário de Árvores de Belo Horizonte seja concluído. O estudo, que deveria ser finalizado no final de 2012, ficou comprometido com a demora na implementação do sistema.

De acordo com reportagem do jornal Hoje em Dia, apenas em dois meses os primeiros dados do inventário começarão a ser usados pelos técnicos das regionais da prefeitura. Um novo contrato precisará ser feito para permitir o término da catalogação das árvores nas regiões Norte, Nordeste, Venda Nova e Barreiro.

O estudo, feito em parceria entre a Universidade Federal de Lavras (Ufla) e a Cemig, inicialmente havia sido orçado em R$ 3,4 milhões. Mas problemas como roubo de equipamentos, redução de pessoal e a descoberta de mais espécies e exemplares do que o previsto atrasaram o cronograma e comprometeram a estimativa. Segundo o gerente de projetos especiais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), Júlio de Marco, a previsão era de 300 mil árvores; agora são 465 mil.

A Amda lamenta mais um adiamento da conclusão do primeiro diagnóstico das árvores em Belo Horizonte e pondera que este trabalho deveria ocorrer de forma permanente, com constante atualização das informações sobre cada árvore da cidade. Francisco Mourão, biólogo da entidade, sugere uma solução: “Se há dificuldades para fechar o trabalho para todo o município, porque não publicá-lo para cada segmento da capital?”

Mourão reconhece o esforço da PBH nas ações de arborização – o número de novas mudas plantadas tem sido expressivo nos últimos anos -, mas lembra que o monitoramento poderia auxiliar na correta contratação de serviços de plantios, envolvendo também ações de manutenção. “Nota-se que muitas das novas árvores plantadas não têm recebido os cuidados necessários. Há muitas árvores tombadas em função da danificação das estacas de proteção. É necessário também avançar nos trabalhos de conscientização da população, para que os casos de mutilações sejam reduzidos ao máximo”, comentou.

O inventário, que começou em outubro de 2011, apura 57 informações de cada exemplar, como espécie e localização. Com os dados, os técnicos poderão acompanhar a situação de saúde das árvores, avaliar risco de quedas e pragas, além de fazer o controle e manejo da flora em cada bairro.

O biólogo da Amda ressalta a importância do trabalho de monitoramento contratado, não só para a definição de políticas e estratégias de conservação da arborização urbana, mas também para a segurança das pessoas. “A identificação prévia de árvores danificadas por qualquer motivo poderia evitar acidentes sérios, que muitas vezes acabam acarretando prejuízos e até a morte de pessoas”, concluiu.