Radar Ambiental: Em um ano, poluição em Belo Horizonte aumentou 40%
Em um ano, o índice de poluição em Belo Horizonte aumentou 40%. Os dados são resultado de medições feitas em 2011 pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A OMS analisou a situação de 1,6 mil cidades ao redor do mundo.
De acordo com a organização, em 2011 a capital mineira registrou taxa de 28 microgramas por metro cúbico de PM 2,5 (partícula molecular 2,5) – sigla que identifica as menores partículas de poluentes com maior potencial de afetar diretamente os pulmões. No ano anterior, a concentração era de 20 microgramas.
A OMS pontua que uma cidade pode ser considerada com ar limpo se apresentar média de, no máximo, 10 microgramas de PM 2,5 por metro cúbico. Qualquer valor acima representa riscos para a saúde. Salvador, com 9 microgramas, é a única metrópole brasileira abaixo desse teto.
O estudo mostra que a qualidade do ar está piorando na maioria das cidades do mundo e que quase 90% da população urbana respira um ar cujo grau de poluição está acima dos níveis de segurança. Apenas em 2012, a poluição do ar matou cerca de 7 milhões de pessoas no mundo, segundo a OMS, tornando-se o maior risco ambiental à saúde.
Em 2012, São Paulo registrou taxa de 19 microgramas de PM 2,5 por metro cúbico, quase duas vezes o limite definido pela OMS. Já o Rio de Janeiro apresentava, em 2010, taxa de mais de três vezes superior aos patamares toleráveis estabelecidos pela entidade, com 36 microgramas.
“O aumento de partículas poluentes em suspensão, além de causar problemas de saúde relacionados ao sistema respiratório – ainda mais frequentes na época de seca em que temos o aumento dessas partículas no ar -, favorecem a formação de ilhas de calor, que é o aumento da temperatura do ar nas cidades. Essas, por sua vez, trazem novos problemas à população e ao meio ambiente”, comentou Flávia Soares, bióloga da Amda.