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Projeto de frota ecológica de ônibus em São Paulo é paralisado

Problemas técnicos e financeiros paralisaram o programa Ecofrota da prefeitura de São Paulo. Dúvidas por parte dos engenheiros da São Paulo Transporte (SPTrans) causaram a suspensão da compra de tecnologias que permitiriam a substituição da matriz energética dos ônibus municipais, retirando o diesel comum para dar lugar a fontes mais limpas. Além disso, o repasse de verbas para subsidiar esses combustíveis também está suspenso.

A Lei de Mudanças Climáticas de São Paulo, aprovada em 2009, estabelece que a cidade deve usar uma fonte de energia renovável em 100% de sua frota de ônibus até 2018. A Ecofrota seria uma maneira de descobrir a melhor maneira de fazer isso, tanto do ponto de vista técnico – o desempenho dos ônibus não poderia piorar -, quanto econômico – a solução escolhida deveria ser viável economicamente para a SPTrans, que já precisa de R$ 6 bilhões por ano para fazer a frota rodar.

Segundo reportagem da Agência Estado, o biodiesel é usado em uma proporção de 20% a cada litro de diesel comum abastecido no ônibus, com custo 18% mais alto do que o combustível comum. A compra era subsidiada pela prefeitura – assim como as demais alternativas que são estudadas.

“Temos dúvidas do ponto de vista técnico se essa alternativa é a que melhor se adapta às exigências da legislação”, disse o diretor econômico-financeiro da SPTrans, Adalto Farias. Segundo ele, a empresa deve primeiro definir uma matriz para fazer os investimentos no setor. “Com o biodiesel, gastávamos R$ 2 milhões por mês. Se fosse atender a frota inteira, seriam R$ 350 milhões. É preciso definir a matriz antes de fazer esse gasto”, pontuou. Mas não há prazo para resolver o problema.