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São Paulo quer reduzir, em 20 anos, volume de lixo de 98% para 20%

A prefeitura de São Paulo pretende reduzir, nos próximos 20 anos, de 98,2% para 20% o volume de lixo gerado pela capital paulista que é despejado nos aterros sanitários. A meta consta no Plano de Resíduos Sólidos, que também prevê a construção de quatro centrais de reciclagem para resíduos secos, como latas, vidros, plásticos e papéis.

Para atingir a meta de redução do lixo, a administração espera que até 2033 ao menos 30% dos paulistanos tratem dentro de casa os resíduos orgânicos domiciliares, que correspondem a 51% das 20,1 mil toneladas de resíduos coletados por dia na cidade. Para incentivar a população, a prefeitura deve começar, ainda neste mês, a distribuir gratuitamente 2 mil equipamentos para que as pessoas façam a compostagem dos restos de alimentos, que viram adubo após o tratamento.

De acordo com o secretário municipal de Serviços, Simão Pedro, o novo plano adequa o sistema de coleta da prefeitura ao Plano Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010. “Fizemos uma opção radical pela reciclagem, em vez de apostar em outras resoluções, como incineração do lixo”, afirmou.

Em relação às centrais de reciclagem, duas delas, nos bairros Ponte Pequena (região central) e Interlagos (zona sul), devem ser inauguradas em junho. As demais só devem entrar em operação em 2016. “Com isso, nós pretendemos quintuplicar o volume de lixo reciclado. Hoje são cerca de 250 toneladas por dia. A meta é chegar a 1.250 toneladas”, disse Silvano Silvério da Costa, presidente da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb). Segundo ele, a ideia é ampliar ainda a parceria da prefeitura com os catadores de material reciclável nas ruas.

Conforme reportagem do jornal Estadão, até 2016, o plano prevê que os 96 distritos da capital possuam coleta seletiva. Atualmente, apenas 75 distritos, que correspondem a 42% dos domicílios paulistanos, recebem a coleta segregada de resíduos.

Para o lixo reciclável úmido, como caixas de pizza, papel higiênico e fraldas descartáveis, a gestão do prefeito Fernando Haddad pretende criar três ecoparques na cidade. Inspirados em instalações existentes na Alemanha e na Espanha, os locais separam o que é possível ser reciclado do que é rejeito e deve ir para os aterros. O plano também inclui meta da gestão Haddad de compostar 100% do lixo das 880 feiras livres até 2016.