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Diretor de agência sugere que água de Fukushima seja despejada no mar

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, defendeu a realização de um “vazamento controlado” ao mar da água radioativa armazenada na usina nuclear de Fukushima. A gestão do líquido radioativo, que era utilizado para esfriar os reatores parcialmente fundidos da central e armazenado em mais de um milhão de tanques, é um dos principais desafios da fábrica.

O plano divulgado pelo operador da central Tokyo Electric Power (Tepco) e pelo governo do Japão é despejar a água após filtrá-la com um sistema projetado para retirar 62 tipos de materiais radioativos, exceto o trítio, isótopo que tem meia vida de, em média, 12 anos.
“No entanto, é importante contar com a compreensão e o apoio das partes afetadas, neste caso, a prefeitura de Fukushima e os pescadores da região”, apontou o diretor-geral da AIEA, que enfatizou que armazenar a água em contêineres não é “sustentável e não constitui uma solução de longo prazo”.

Em relação ao prazo para desmontar a central, inicialmente estimado em 30 a 40 anos, Amano alertou que será necessário ter acesso aos núcleos fundidos, algo que até agora não foi possível, para avaliar realmente a duração do processo. “Continuamos a insistir que o Japão deveria realizar a demolição com apoio internacional”, acrescentou.


Com informações da EFE