São Paulo tem 487 animais ameaçados de extinção
A nova lista vermelha dos animais ameaçados de extinção no estado de São Paulo inclui 487 bichos, entre mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes e invertebrados. O número é 33% maior do que o da lista anterior, de 2010, que registrou 367 espécies. A maior parte do aumento deve-se à inclusão de invertebrados, como caracóis, borboletas e mariscos.
Segundo reportagem do jornal Estado de São Paulo, a lista publicada no Diário Oficial teve erros. A equipe identificou pelo menos 47 nomes duplicados na relação de invertebrados. Em 2010, a lista tinha 46 animais nessa categoria, saltando para 151 neste ano, de acordo com contagem feita pelo jornal. Os mamíferos passaram de 38 para 44; as aves caíram de 172 para 171; os répteis aumentaram de 33 para 40; anfíbios ameaçados reduziram de 12 para 8; assim como os peixes continentais, que tiveram redução de 66 para 64; e os peixes marinhos passaram de zero para nove.
Uma diferença qualitativa entre as listas foi o tratamento dado às espécies marinhas que são alvo da pesca. A lista de 2010 trazia um anexo com 118 espécies de peixes marinhos classificadas como colapsadas, sobre-exploradas ou ameaçadas de sobre-exploração. Desta vez, nove espécies foram classificadas como ameaçadas (com proibição da pesca) e 63 como “espécies com necessidade de diretrizes de gestão e ordenamento pesqueiro para sua conservação”, entre elas várias conhecidas dos cardápios paulistanos, como o badejo e a sardinha.
Na segunda categoria, encontram-se espécies que são protegidas por leis federais – como o mero, cuja pesca é proibida no Brasil – e que integram a lista nacional de ameaçadas, como o tubarão-baleia.