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Sistema aponta redução de 19% do desmatamento na Amazônia Legal

Sistema aponta redução de 19% do desmatamento na Amazônia Legal
Recortes de desmatamento feitos para uso na agricultura perto de Santarém (PA) / Crédito: Nacho Doce/Reuters

Entre agosto de 2013 e janeiro de 2014, o desmatamento na Amazônia Legal diminuiu 19% em comparação ao período de agosto de 2012 a janeiro de 2013. No total, foram desmatados 1.162,5 quilômetros quadrados (km²) – no período comparativo foram 1.427 km². A Amazônia Legal compreende todos os estados da Região Norte, além de Mato Grosso e parte do Maranhão. Os dados divulgados são do sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), instrumento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que utiliza informações de satélite.

Pelos números do Deter, o estado que registrou a maior área devastada foi o Mato Grosso, onde foram desmatados 375 km² entre agosto do ano passado e janeiro deste ano. No Pará foram desmatados 294 km². Rondônia registrou desmatamento de 175 km² e, no Amazonas, a área de floresta destruída foi de 162 km².

Os dados mostram ainda que em quatro dos nove estados da Amazônia houve redução na área desmatada no período analisado: Mato Grosso, Pará, Rondônia e Maranhão.

O índice oficial de desmatamento do governo federal é fornecido pelo sistema de Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes). Em novembro do ano passado, esse instrumento apontou perda de 5.843 km² de floresta entre agosto de 2012 e julho de 2013, aumento de 28% em relação ao período anterior. O tamanho equivale a quase quatro vezes o município de São Paulo. Apesar do crescimento, segundo informações do portal G1, a taxa de 2013 é a segunda mais baixa da história. O recorde aconteceu em 2012, quando a Amazônia Legal registrou desmatamento de 4.571 km².

Multas

Os alertas de desmatamento foram acompanhados de punições do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, nos últimos seis meses, o órgão aplicou mais de 1.500 autuações, que somaram R$ 500 milhões em multas.

Além disso, foram embargados mais de 40 mil hectares de terras e apreendidos cerca de 26 mil metros cúbicos de madeira, quantidade correspondente a, aproximadamente, 300 caminhões carregados.