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Pescadores cobram indenização da Petrobras por vazamento de óleo na Baía de Guanabara
Ontem (18), um grupo de pescadores protestou em frente à sede da Petrobras contra os danos ambientais causados pela estatal na Baía de Guanabara, em 2010. Os manifestantes cobraram o pagamento de indenização estipulada em R$ 1 bilhão pelo acidente. Há 14 anos, um vazamento de óleo de grandes proporções foi o responsável pela contaminação de grande parte do ecossistema de mangues no entorno da baía.
No dia 18 de janeiro de 2000, um duto da Petrobrás que ligava a Refinaria Duque de Caxias (Reduc) ao terminal Ilha d’Água, na Ilha do Governador, rompeu e provocou o vazamento de 1,3 milhão de litros de óleo combustível nas águas da baía. A mancha se espalhou por 40 quilômetros quadrados (km²).
Um laudo da Coppe/UFRJ, divulgado em março de 2000, concluiu que o derrame de óleo foi causado por negligência da Petrobras, uma vez que as especificações originais do projeto do duto não haviam sido cumpridas.
Durante o protesto, os pescadores alertaram para existência de óleo remanescente nos manguezais e no fundo da baía, o que tem afetado a reprodução dos peixes até hoje e provocado o desaparecimento de espécies. “Todos os berçários de peixe foram consumidos pelo óleo da Petrobras”, disse o pescador Paulo Sérgio, de Niterói. Segundo o Fórum de Pescadores e Amigos do Mar, o acidente causou a redução de 90% da pesca na região.