Lista vermelha tem mais de 11 mil animais ameaçados de extinção
A lista vermelha de animais ameaçados de extinção inclui 11.212 das 53.267 espécies identificadas pela União Mundial pela Natureza (UICN, na sigla em inglês). O documento, considerado o principal instrumento de medida da biodiversidade, também alerta para os perigos que representam o crescimento da caça ilegal e o tráfico para os animais.
Segundo a UICN, uma em cada quatro espécies de mamíferos, um em cada oito pássaros e mais de um em cada três anfíbios estão ameaçados de extinção. O tráfico aumenta drasticamente os riscos para algumas espécies recenseadas como os elefantes procurados pelo marfim, os rinocerontes pelos seus chifres, os tubarões pelas suas barbatanas e também o pangolim da China, caçado para fins medicinais.
De acordo com a organização, entre 2011 e 2012, a caça aumentou 43% em relação aos rinocerontes na África, mesmo com a proibição do comércio desde 1977. Mais de mil animais foram mortos no ano passado na África do Sul, país que abriga 80% das espécies. A estatística é 77 vezes maior do que em 2007.
Os elefantes, estimados em menos de 500 mil na África atualmente, contra os milhões que existiam na metade do século 20, estão ameaçados duplamente: pela destruição de seu habitat e também pela explosão da caça ilegal, estimulada principalmente pela forte demanda dos países da Ásia e do Oriente Médio. O comércio mundial de marfim foi proibido em 1989, mas o tráfico dobrou a partir de 2007 e mais que triplicou em 1998, segundo um relatório publicado à margem da Conferência da Cites, em março de 2013.
Na última quinta-feira (13), 46 países adotaram uma declaração internacional contra o tráfico de marfim, chifres de rinocerontes e o comércio em geral de espécies ameaçadas. Os governos signatários se comprometeram a não usar produtos de espécies em risco, agravar a tipificação dos delitos de caça ilegal e tráfico de espécies e estudar melhor este tipo de crime que movimenta ao ano US$ 19 bilhões.