Vinte toneladas de peixes mortos são encontradas às margens do rio Piracicaba
Nesta quarta-feira (12), milhares de peixes foram encontrados mortos às margens do rio Piracicaba, em São Paulo, que vive a seca mais rigorosa para o período dos últimos 50 anos. As hipóteses para a mortandade são a baixa vazão do manancial ou o lançamento de efluentes industriais sem tratamento no rio. A retirada das carcaças começou ontem (13) e não há previsão para conclusão.
O Instituto Beira Rio, organização ambiental que atua na região de Piracicaba, calcula que 20 toneladas de peixes morreram. Segundo o órgão, os animais estão espalhados por um trecho de 33 quilômetros.
Em razão da falta de chuvas e da presença de esgoto no rio Piracicaba, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) relatou que podem ocorrer mais casos de mortandade em massa no manancial.
O promotor Ivan Carneiro Castanheiro, do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) do MPE de Piracicaba, informou que o Ministério Público recomendou à Agência Nacional de Águas (ANA) e ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) a redução do desvio de água das nascentes dos rios da Bacia PCJ para abastecimento da Grande São Paulo por meio do Sistema Cantareira.
Ontem (13), o promotor requisitou à Cetesb os exames laboratoriais de amostras do meio aquático e dos peixes mortos, visando confirmar a causa das mortes.