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McDonald’s anuncia que vai comprar carne sustentável a partir de 2016

McDonald’s anuncia que vai comprar carne sustentável a partir de 2016
Crédito: powerplantop/Flickr

Na última semana, o McDonald’s anunciou que começará a comprar “carne sustentável” a partir de 2016. Sem definir os critérios que agregam sustentabilidade à carne, a rede de fast-food informou que espera reduzir os impactos da cadeia de fornecimento do recurso para a produção dos lanches.

A decisão de alterar a carne dos lanches faz parte do programa de redução da pegada ecológica do McDonald’s, que inclui diversas estratégias para diminuir o impacto ambiental da rede de fast-food. Assim, a empresa incentivou a criação da Mesa Redonda Global sobre Carne Sustentável (GRSB, na sigla em inglês), composta por diversas empresas e até entidades ambientalistas, como, por exemplo, a WWF.

A GRSB vai fiscalizar a origem do alimento, a produção e o consumo. Conforma informações do portal CicloVivo, o grupo estabeleceu diversos princípios que a rede precisará obedecer para ser menos agressiva socioambientalmente, como, por exemplo, oferecer locais de trabalho seguros e saudáveis aos funcionários e garantir a saúde e o bem estar dos animais e dos ecossistemas. A GRSB também vai adotar medidas para diminuir o desperdício e aprimorar a produção do McDonald’s.

Segundo especialistas, mesmo que as atividades da GRSB surtam efeito para o McDonald’s, reduzir os impactos da empresa no planeta ainda não é sinônimo de sustentabilidade.

Celas de gestação

No ano passado, a Organização Não Governamental (ONG) Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal (Arca Brasil) e artistas lançaram uma campanha solicitando que a rede de fast-food McDonald’s se comprometa com a abolição do uso de celas de gestação – pequenos cubículos de metal onde os animais não conseguem nem andar ou se virar – para porcas reprodutoras, uma prática cruel e que já é proibida em alguns países. Em 2012, a rede se comprometeu com a mudança nos EUA, mas ainda não estendeu essa política ao Brasil. A petição online já foi assinada por 39.940 pessoas.


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