Americanos querem construir estradas com paineis fotovoltaicos
Um projeto inovador pretende construir estradas utilizando paineis fotovoltaicos. A ideia é de Scott Brusaw, que diz sonhar com estradas solares desde criança. Brusaw criou a empresa Solar Roadways (Estradas Solares, em tradução livre) para concretizar seu sonho. Segundo o americano, um quilômetro de estrada solar teria cerca de 1,1 mil paineis que gerariam diariamente 8,32 megawatts/hora, o suficiente para abastecer 250 casas.
A ideia é que o asfalto seja substituído por paineis que captam a energia do Sol e a transfiram para casas próximas à via ou até mesmo para veículos elétricos que estão passando na rodovia. O primeiro desafio enfrentando no projeto foi a segurança do motorista, já que os paineis não ofereceriam a estabilidade necessária, em especial em dias de chuva. A equipe de Brusaw criou uma textura que, segundo os americanos, é tão boa ou até melhor que a do asfalto, mesmo nos dias de tempo ruim.
Os paineis são compostos de diversas camadas. A primeira tem as células fotovoltaicas, luzes LED e aquecimento. O LED pode ser usado para dar avisos aos motoristas e até para veicular publicidade. O aquecimento pode ser usado para evitar neve nos paineis. A segunda camada tem microprocessadores para controlar o LED e o sistema. Por fim, a terceira lâmina distribui a energia produzida.
De acordo com reportagem do portal Terra, a maior crítica à estrada solar é o custo. A construção de rodovias com paineis solares seria muito mais caro do que fazer com asfalto. Para Brusaw, por outro lado, a produção de energia e a sustentabilidade do projeto o compensam. A Solar Roadways estima que, somente com a venda de eletricidade, os gastos sejam recuperados em 20 anos – mesmo sem levar em conta o aumento dos preços. A empresa aposta também na durabilidade dos paineis e ressalta que a grande maioria não precisará ser trocada nesse tempo.
A Solar Roadways pretende construir um projeto piloto. A estrada deverá ser feita em Sandpoint, Idaho, e ter três por 10 metros. O governo do estado aposta na iniciativa e já destinou cerca de R$ 1,5 milhão para o projeto.