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Prestadores de serviços do Ibama em Alagoas são acusados de retirar animais do Cetas sem autorização do órgão
A Polícia Federal descobriu que prestadores de serviço (tratadores e vigilantes) e um ex-estagiário do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Alagoas estavam retirando animais do Centro de Triagem (Cetas) para serem comercializados no mercado irregular. Os criminosos levavam os bichos sem conhecimento e autorização do órgão.
De acordo com a superintendente do Ibama em Maceió, Sandra Menezes, houve a suspeita de desvio de animais silvestres em agosto deste ano e, a partir de então, o indício foi levado a Polícia Federal. Ontem (11), a PF deflagrou uma operação para cumprir cinco mandados de condução coercitiva e seis de busca e apreensão na região de Maceió.
Durante as investigações, a PF identificou uma situação em que foi lançada no sistema de controle do Cetas a liberação de 11 animais à natureza, entre jiboias, iguanas, graúnas e xexéus, mas somente dois foram de fato soltos. Os demais teriam sido desviados. As graúnas e xexéus são espécies com considerável interesse comercial por sua capacidade de canto.
Se for constatado a participação de servidores do quadro efetivo do Ibama, o órgão abrirá uma sindicância e, se assim for fundamentada, haverá exoneração do cargo. Os investigados poderão ser indiciados por peculato, crime de desvio de dinheiro ou bens por funcionário público; guarda ilegal de animais silvestres e inserção de dados falsos em sistema de informação.
Cetas
O Cetas do Ibama em Alagoas é considerado referência no país. Todos os animais chegam ao local são levados para uma sala de triagem onde são examinados por um veterinário que determina suas condições. Se o bicho estiver saudável, ele é devolvido à natureza, senão fica em quarentena recebendo tratamento.