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ONG divulga Anuário da Mata Atlântica com metas para reduzir perda da biodiversidade

Representantes da Convenção da Diversidade Biológica, tratado ambiental da Organização das Nações Unidas (ONU), lançaram ontem (13) o Anuário da Mata Atlântica. A publicação deste ano inclui 20 metas para reduzir a taxa atual de perda de diversidade, divididas em cinco objetivos. Até 2020, governos, autoridades ambientais e sociedade civil deverão cumprir essas metas em todo país.

O Anuário da Mata Atlântica é parte de um programa permanente da ONG Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA), criado em 1999 com o objetivo de consolidar, atualizar e disponibilizar informações sobre o bioma de forma sistemática e periódica. A iniciativa permite realizar análises comparativas sobre os avanços e desafios na conservação, conhecimento científico e tradicional da Mata Atlântica, um dos biomas mais diversos e um dos mais ameaçados do mundo.

As metas estão divididas entre os seguintes objetivos: tratar das causas fundamentais de perda de biodiversidade fazendo com que preocupações com biodiversidade permeiem governo e sociedade; reduzir as pressões diretas sobre biodiversidade e promover o uso sustentável; melhorar a situação de biodiversidade protegendo ecossistemas, espécies e diversidade genética; aumentar os benefícios de biodiversidade e serviços ecossistêmicos para todos; e aumentar a implementação por meio de planejamento participativo, gestão de conhecimento e capacitação. O documento completo está disponível no site da ONG.

Segundo o presidente da organização, Clayton Lino, o objetivo do projeto é integrar-se à política nacional, coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente, com o acompanhamento e avaliação do cumprimento das metas. “Mais do que isso, pretendemos contribuir para criar mecanismos e fomentar ações nacionais e subnacionais, no sentido de cumprir e implementar os objetivos e metas no domínio Mata Atlântica e em suas regiões marinhas adjacentes”, disse.

De acordo com Lino, o anuário mostrará ao grande público a importância da preservação do meio ambiente. “Muitas vezes, a população está afastada das questões ambientais. Queremos realizar ações de integração para montar um mutirão em defesa da biodiversidade”, comentou.