Ibama apresenta 11 condicionantes para duplicação da BR-381
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apresentou 11 condicionantes para que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) continue com as obras de duplicação da BR-381, entre Belo Horizonte e Governador Valadares. A obra vai derrubar 33,9 hectares de Mata Atlântica às margens da rodovia.
A divergência entre os órgãos ocorreu porque o Ibama considerou insuficientes as compensações propostas pelo Dnit. Segundo o órgão ambiental, a intenção de fazer plantios ao longo da via ia contra a legislação ambiental. A compensação correta, de acordo com o órgão, seria por meio de ações para recuperar unidades de conservação ambiental, como parques ecológicos.
Com anuência do Ibama, o Conselho Estadual de Política Ambiental de Minas Gerais (Copam) poderá autorizar a licença de instalação para o projeto na reunião marcada para o próximo dia 11. O Dnit anunciou para dezembro uma nova licitação para os quatro lotes que não tiveram vencedores na concorrência que aconteceu em junho.
Obra
Conforme reportagem do jornal Estado de Minas, as obras nos 303 quilômetros da BR-381 foram divididas em 11 lotes, sendo que sete deles tiveram licitações bem sucedidas, com as empresas vencedoras definidas em agosto. Nos quatro lotes restantes da rodovia, as empresas interessadas não aceitaram reduzir os valores para atingir o preço determinado pelo Dnit.
Os trechos que terão nova licitação estão entre a capital mineira e o entroncamento da 381 com a MG-435, no acesso para Caeté, com 31,4 quilômetros de extensão divididos em dois lotes: entre o Ribeirão Prainha e o acesso sul de Nova Era, com 18,8 quilômetros; e de Nova Era a João Monlevade, trecho com 20,7 quilômetros. Mesmo depois de reuniões entre os empresários e representantes do Dnit, não houve acordo sobre os custos da obra.
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