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Secretária da ONU afirma que indústria do carvão deve mudar radicalmente para que impactos das mudanças climáticas sejam reduzidos

Para Christiana Figueres, secretária executiva da Convenção Quadro da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas, a indústria do carvão deve sofrer uma transformação radical para que os impactos das mudanças climáticas sejam diminuídos. O comentário ocorreu durante encontro na Cúpula Internacional sobre o Carvão e o Clima, evento organizado pelo governo polonês e a Associação Mundial do Carvão e que ocorre paralelamente à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP19), também na Polônia.

“Se continuarmos satisfazendo as mesmas necessidades energéticas do passado, vamos ultrapassar a meta internacionalmente acordada de limitar o aquecimento global para menos de 2°C”, disse Figueres. Ela ressaltou ainda que os negócios da indústria enfrentam sérios riscos de continuidade, já que as despesas com o carvão só podem prosseguir caso elas sejam compatíveis com o limite de 2°C.

Segundo informações divulgadas pela ONU Brasil, a secretária pediu que a indústria avalie honestamente os riscos financeiros, antecipe o aumento das regulações, restrinja os crescentes financiamentos e aprimore as tecnologias para reduzir as emissões de gases poluentes em toda a cadeia de produção do carvão e diversifique seu portfólio.

“Algumas grandes empresas de tecnologia de petróleo, gás e energia já estão investindo em energias renováveis e eu peço para aqueles de vocês que ainda não começaram a fazer isso que se juntem a elas. Ao diversificar seu portfólio para além do carvão, vocês também podem produzir energia limpa, que reduz a poluição, melhora a saúde pública, aumenta a segurança energética e cria novos postos de trabalho”, acrescentou ela.