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Ativista brasileira do Greenpeace ganha liberdade provisória

Ativista brasileira do Greenpeace ganha liberdade provisória
Ativista brasileira Ana Paula Maciel é escoltada por policiais russos / Crédito: Evgeny Feldman/AP

A Justiça russa decidiu, ontem (18), que a brasileira Ana Paula Maciel, ativista do Greenpeace detida no país há dois meses, ganhará liberdade provisória após pagamento de fiança. Segundo a organização, ela é a primeira militante estrangeira liberada entre os 30 detidos em 19 de setembro quando tentavam escalar uma plataforma de petróleo no mar de Barents para denunciar riscos ambientais dessa exploração no Ártico.

O fotógrafo freelancer Denis Sinyakov, a médica Ekaterina Zaspa e o ativista Andrey Allakhverdov, todos russos, também ganharam liberdade. O tripulante australiano Colin Rusell teve a prisão preventiva estendida por mais três meses. Todos, porém, continuam sob as acusações de vandalismo e pirataria.

A Justiça russa ainda não divulgou, porém, quais serão as restrições para quem estiver em liberdade provisória. Os detalhes devem ser esclarecidos nos próximos dias. As autoridades também não justificaram o porquê de apenas alguns integrantes do grupo terem a liberdade concedida.

“O pedido de fiança ter sido aceito para alguns de nossos amigos foi uma ótima notícia. Mas só vamos celebrar quando todos estiverem livres para voltar para casa e quando suas acusações forem retiradas. Mesmo em liberdade, eles continuam suspeitos de vandalismo e a acusação de pirataria ainda não foi retirada oficialmente. Ainda que seja óbvio que nenhum deles é pirata ou vândalo, todos ainda têm a possibilidade de passar 20 anos numa cadeia”, disse Mads Christensen, do Greenpeace Internacional.

De acordo com o Greenpeace, até o final desta semana a Justiça deve decidir sobre o destino de todo o grupo de 30 ativistas.