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Desmatamento na Amazônia Legal cresceu quase 28% entre agosto do ano passado e julho deste ano

Desmatamento na Amazônia Legal cresceu quase 28% entre agosto do ano passado e julho deste ano
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Entre agosto de 2012 e julho deste ano, 5.843 quilômetros quadrados (km²) foram desmatados na Amazônia Legal, número 27,8% maior que no período anterior, quando foram registrados 4.571 km² de áreas derrubadas. O terreno equivale a quase quatro vezes o município de São Paulo. A Amazônia Legal compreende todos os estados da Região Norte, além de Mato Grosso e parte do Maranhão. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Apesar de ter crescido, a taxa de desmatamento de 2013 é a segunda mais baixa da história. O recorde foi em 2012, quando a Amazônia Legal registrou desmatamento de 4.571 km².

Em relação a cada estado, a maior área desmatada foi no Pará, que destruiu 2.379 km², 37% a mais do que em 2012. No entanto, o maior aumento de desmate (52%) ocorreu em Mato Grosso, onde 1.149 km² de floresta foram cortados. Também foram responsáveis por aumentos o estado de Roraima (49%), com 933 km² de cobertura florestal desmatada; o Maranhão (42%), que talhou 382 km² de floresta; e Rondônia (21%), sendo responsável por 933 km² de desmatamento em 2013. O estado do Amazonas foi o que apresentou menor aumento, de 7%, que representaram 562 km² a menos de floresta.

De acordo com reportagem do portal G1, três estados da Amazônia brasileira reduziram sua taxa de desmatamento. O Amapá foi o que percentualmente mais reduziu em relação a 2012, baixando sua área desmatada de 27 km² para 11 km². A diferença foi de 59%. O Acre reduziu de 305 km² para 199 km², o que representou diferença de 35%. Já o Tocantins baixou 17% de sua taxa de desmatamento, passando de 52 km² de desmate em 2012 para 43 km² em 2013.

Ainda segundo o portal, ao todo, foram registrados 3.921 inquéritos policiais relacionados ao desmatamento na região nesse período, sendo 350 por crimes contra a administração ambiental, 1.663 por crimes contra a flora e 1.908 por conta de mineração ilegal, informou o Ministério do Meio Ambiente. A fiscalização do desmatamento na Amazônia em 2013 custou R$ 50.567.733, contabilizando os custos de diárias dos funcionários, de aeronaves e locação de viaturas.