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Espanha inocenta tripulação e governo por naufrágio que causou o pior desastre ambiental da história do país

Depois de uma investigação judicial que durou 11 anos, um tribunal espanhol decidiu que a tripulação de um navio e o governo não foram criminalmente culpados pelo naufrágio em 2002 do petroleiro Prestige, considerado o pior desastre ambiental da história da Espanha. O naufrágio na costa noroeste do país poluiu milhares de quilômetros de litoral e forçou a paralisação das mais produtivas zonas de pesca espanholas.

A sentença do tribunal pontua que o desastre foi parcialmente provocado devido ao mau estado de manutenção do cargueiro de 26 anos. Os três juízes disseram ser impossível estabelecer uma responsabilidade criminal e, portanto, o capitão Apostolos Mangouras, o engenheiro chefe Nikolaos Argyropoulos e o ex-diretor da Marinha Mercante da Espanha José Luis López foram considerados inocentes da acusação de crime contra o meio ambiente. López era o único funcionário do governo entre os acusados no caso. Mangouras foi considerado culpado por um delito mais leve, de desobediência, e recebeu a pena de nove meses de prisão, que foi suspensa.

Naufrágio

Segundo reportagem do Portal iG, depois que uma tempestade danificou um dos tanques de combustível, o navio passou dias à deriva no mar, com 77 mil toneladas de combustível pesado a bordo. Autoridades espanholas, francesas e portuguesas recusaram permissão para atracar em seus portos.

O petroleiro se partiu em dois e afundou a cerca de 250 milhas da costa, liberando óleo na água. O capitão foi acusado de desobedecer as autoridades do governo, que queriam que o navio ficasse o mais longe possível da costa. A corte considerou que essa decisão governamental foi correta.