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Organizações ambientalistas divulgam lista dos dez lugares mais contaminados do mundo

As organizações Blacksmith Institute e Cruz Verde divulgaram uma lista dos dez lugares mais contaminados do mundo. Segundo as ONGs, diferentes formas de contaminação ameaçam a saúde de 200 milhões de pessoas espalhadas pelo planeta.

Aparecem na lista a bacia do rio Matanza-Riachuelo, na região de Buenos Aires, na Argentina, onde 5 mil indústrias lançam seus resíduos, afetando a saúde de 20 mil pessoas; e o lixão gigante de material eletrônico de Agbogbloshie, em Gana, que expõe 40 mil pessoas à contaminação por chumbo, mercúrio e cádmio. As organizações denunciaram também a contaminação do solo relacionada ao petróleo no Delta do Níger, na Nigéria, assim como aquela provocada pelos resíduos de chumbo da explosão de minério (já encerrada) em Kabwe, a segunda cidade de Zâmbia.

Em Jacarta, na Indonésia, mais de 500 mil pessoas diretamente e 5 milhões indiretamente são expostas a vários produtos químicos – chumbo, cádmio, cromo, pesticidas – lançados no rio Citarum, perto de Jacarta. No mesmo país, o mercúrio extraído das minas de ouro na província de Kalimantan, na ilha de Bornéu, ameaça a saúde de pelo menos 225 mil pessoas. Também na Ásia, cerca de 160 mil pessoas são vítimas de contaminação por cromo provocada por 270 curtumes em Bangladesh, particularmente em Hazaribagh.

Conforme informações da Agence France-Presse (AFP), dois locais na Rússia foram denunciados pelos ambientalistas. Na cidade de Dzerzhinsk, no centro da indústria química, 300 mil pessoas são ameaçadas pelos resíduos de 190 produtos tóxicos identificados em águas subterrâneas; e em Norilsk, na Sibéria, a contaminação do ar causada pelas minas de propriedade de Norilsk Nickel põe em grave risco a saúde de 135 mil pessoas.

A lista inclui ainda a antiga usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, onde mais de 10 milhões de pessoas continuam com suas saúdes em risco.