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Instituto Royal anuncia fim de suas atividades em São Roque

Instituto Royal anuncia fim de suas atividades em São Roque
Ativistas invadiram laboratório em outubro e influenciaram manifestações contra testes em animais / Crédito: Associated Press

Em comunicado divulgado na última quarta-feira (06), o Instituto Royal anunciou que vai encerrar as atividades do laboratório no município de São Roque, no interior de São Paulo. Ativistas que acusaram o Royal de maltratar animais invadiram a instituição no dia 18 de outubro e resgataram 178 cachorros da raça beagle e sete coelhos. Os bichos eram utilizados em testes pelo Royal, que trabalha para farmacêuticas.

O instituto justificou o fechamento informando que sua atuação está comprometida pela “perda de quase todo o plantel de animais e de aproximadamente uma década de pesquisas”. Além disso, apontou que a “persistente instabilidade e a crise de segurança colocam em risco permanente a integridade física e moral de seus colaboradores”.

O Royal informou que seus funcionários serão desligados e será mantido somente o Comitê de Ética formado por colaboradores do laboratório, do qual participam veterinários, biólogos e membros da Sociedade Protetora dos Animais. O encaminhamento a ser dado aos animais remanescentes, que ainda estão sob os cuidados da empresa, será decidido com os órgãos regulatórios.

No final de outubro, o Instituto Royal divulgou um vídeo rebatendo as denúncias de maus-tratos feitas pelos ativistas. Nele, a gerente-geral da instituição, Sílvia Ortiz, diz que o Royal realiza testes de segurança para medicamentos e fisioterápicos para cura e tratamento de diversas doenças como câncer, diabetes, hipertensão e epilepsia, entre outros. “Se algum dia você já tomou um medicamento contra dor de cabeça, gripe ou pressão alta pode ter certeza: você já foi beneficiado por pesquisas previamente feitas em animais”, disse a gerente.

Segundo reportagem da Agência Brasil, a Polícia Civil abriu dois inquéritos para investigar a atuação dos ativistas e do instituto. Um dos inquéritos investiga a denúncia de maus-tratos. O segundo, a ocorrência de furto qualificado e danos ao patrimônio praticados pelos manifestantes durante a invasão.

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