Lagoa da Pampulha não estará despoluída até Copa do Mundo do ano que vem
A despoluição da Lagoa da Pampulha não será concluída até a Copa do Mundo do ano que vem. A constatação é do prefeito em exercício, Délio Malheiros (PV), que vistoriou na última sexta-feira (01) o canteiro das obras de dragagem e desassoreamento do reservatório. Esse processo está em andamento e tem previsão de ser concluído até maio. Já o tratamento da água, que permitirá seu uso para atividades náuticas e de lazer, ainda está em processo de licitação e, como demanda no mínimo 10 meses para terminar, deve acabar depois do mundial.
Segundo Malheiros, os trabalhos realizados até o momento estão dentro do cronograma e evoluem no ritmo esperado. “Durante os jogos teremos uma orla mais bonita, com a restauração das ciclovias, passeios e paisagismo. A despoluição não terá sido completa, mas o lago vai apresentar uma qualidade melhor e um aspecto menos poluído”, disse o prefeito.
Conforme reportagem do jornal Estado de Minas, o processo licitatório para despoluição da Pampulha tem custo estimado de R$ 30 milhões. Três empresas participaram da concorrência e uma foi selecionada, mas o resultado ainda é questionado na Justiça.
O desassoreamento prevê a retirada de 800 toneladas de areia e detritos depositados pelos córregos principalmente como efeito de bota-foras, obras irregulares e lançamento clandestino de esgoto de bairros de Belo Horizonte e de Contagem. O custo desse processo será de R$ 110 milhões.
Ainda de acordo com o jornal, caso parte dos recursos municipais não seja utilizada, a intenção da PBH é usar esse capital para construir um parque ecológico na área de 16 hectares da lagoa onde estão as piscinas de decantação e a máquina desidratadora. O nome ainda provisório de Parque das Garças seguiria um modelo de espaço para preservação dos pássaros que habitam aquele ecossistema. “Seria mais um espaço para a população aproveitar para lazer e contemplação na orla da Pampulha”, disse Malheiros.