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Usina marinha vai gerar energia para abastecer farol e 200 residências no Rio de Janeiro

No segundo semestre do ano que vem, o farol e as casas da Marinha da Ilha Rasa, no Rio de Janeiro, serão alimentados pela energia que virá das ondas. O projeto carioca foi desenvolvido pela Seahorse Wave Energy, que cresceu na incubadora da Coppe/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e recebeu R$ 8,2 milhões de Furnas, do Programa de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Atualmente, somente o Porto de Pecém, no Ceará, transforma energia das ondas em eletricidade. Projeto exigirá investimentos de R$ 10 milhões.

Além de não fazer barulho e não gerar poluentes, a pequena usina marinha causará pouco impacto visual, segundo reportagem do O Globo, pois será instalada ao sul da Ilha Rasa, sem que possa ser avistada da costa. Com 25 metros de altura, o gerador, em formato de torre, será instalado a 200 metros da ilha, no litoral da Zona Sul. A usina marinha terá capacidade para gerar 100 quilowatts, o suficiente para abastecer 200 residências fora do horário de pico.

“Esta unidade de geração de energia ficará no mar, enquanto no Ceará a planta fica num quebra-mar industrial. Nosso objetivo é mostrar que o projeto é competitivo para fornecimento de energia em ilhas e em plataformas de pré-sal”, disse o gerente de Pesquisa e Inovação de Furnas, Renato Norbert, acrescentando que serão usados componentes fabricados no Brasil.

Outro projeto inovador da UFRJ inclui sete painéis solares que serão instalados nos estacionamentos da universidade. Um equipamento semelhante será montado no teto do hospital pediátrico. O projeto custou R$ 1,8 milhão. O coordenador do projeto e vice diretor da Coppe, o engenheiro Edson Watanabe, espera que a energia renovável comece a circular pela Ilha do Fundão após a Copa do Mundo.