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CSN é multada novamente por não cumprir itens de acordo firmado em 2010

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) foi multada, mais uma vez, pela Secretaria de Estado de Ambiente por não cumprir itens do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em 2010. A companhia é acusada de ter contaminado um terreno em Volta Redonda, no Sul do Rio de Janeiro, por jogar resíduos no local. A área foi cedida ao Sindicato dos Metalúrgicos em 1998.

De acordo com a secretaria, a CSN cumpriu apenas 75% do termo, mas gerou ganhos na qualidade do ar de Volta Redonda e do rio Paraíba do Sul, principal manancial de águas do estado. Mesmo assim, pendências ambientais vão resultar em um novo TAC, com novas obrigações ambientais, como remediação de áreas contaminadas na região. O termo será firmado em R$ 165 milhões.

Conforme apuração do portal de notícias G1, o primeiro acordo com a companhia foi assinado no valor de R$ 260 milhões em compensações ambientais. Na ocasião, a CSN foi multada pelo vazamento de material oleoso da unidade de carboquímicos para o rio Paraíba do Sul. O prazo para execução dos itens do acordo se encerra no fim de outubro.

Histórico

Em 1998, a CSN doou um terreno contaminado por 20 substâncias químicas, muitas delas cancerígenas, para a construção de casas para funcionários da empresa. Anteriormente, o terreno era utilizado como depósito de lixo da siderúrgica, onde eram despejados toneladas de resíduos industriais.

No início de abril deste ano, a empresa foi multada em R$ 35 milhões pela contaminação de parte do terreno.

Análises exigidas pela Justiça vão determinar se 750 famílias vão poder continuar morando na área. Em nota, a CSN informou que não haverá alteração na rotina dos moradores e que as coletas para análises serão pontuais e as áreas devidamente isoladas e sinalizadas.