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Florestas fragmentadas podem acelerar extinção de mamíferos

Estudo conduzido por pesquisadores de diversas universidades do mundo %u2013 entre elas, Universidade da Califórnia, Universidade Nacional de Cingapura e Universidade de Adelaide %u2013 chegou à conclusão de que para os mamíferos, a sobra de um fragmento de floresta não é um bom cenário. Esses ambientes podem, na verdade, acelerar a extinção dos bichos que ali habitam.

A pesquisa analisou uma reserva localizada na Tailândia que foi palco de inundações entre 1986 e 1987, criando cem áreas de florestas fragmentadas. Todas as espécies que habitavam essas áreas foram catalogadas em duas ocasiões: de cinco a sete anos após as inundações e, depois, de 25 a 26 anos mais tarde.

Com o levantamento, os pesquisadores descobriram que, em cinco anos após a formação das florestas fragmentadas, quase todas as espécies de pequenos mamíferos haviam sido extintas nas florestas menores que 10 hectares. Já nas florestas maiores, levou-se 25 anos para o desaparecimento das espécies. Ou seja: o ambiente menor levou a uma extinção mais veloz das espécies, acelerando seu desaparecimento.

Segundo reportagem do UOL, a culpa seria de uma única espécie invasiva, que demonstrou êxito nas florestas fragmentadas: o rato malasiano do campo (Rattus tiomanicus). Esse animal não ocorre naturalmente na região e é conhecido por existir primordialmente em áreas ocupadas por humanos, como vilarejos.

A conclusão do estudo é de que apesar de as florestas fragmentadas terem sua importância na conservação ambiental, suas dimensões menores se mostram favoráveis à atuação de espécies invasivas e à extinção de espécies animais nativas. Segundo os pesquisadores, a única forma de manter uma biodiversidade tropical sustentável é a preservação de largas porções de mata.