Pelo menos 67 águias morreram nos últimos cinco anos após colisões com torres de energia eólica nos EUA

Nos últimos cinco anos, pelo menos 67 águias morreram após colidirem com torres de energia eólica nos Estados Unidos. Para cientistas, o número é preocupante e pode ser ainda maior, já que as empresas relatam poucos casos e de forma voluntária. A estimativa é uma das primeiras contagens de mortes de águias atribuídas à crescente indústria de energia eólica do país, considerada um dos pilares do plano do presidente Barack Obama para reduzir a poluição global, responsável pelo aumento da temperatura e pelas mudanças climáticas.

Parques eólicos são aglomerados de turbinas com tamanhos que podem chegar ao de um prédio de 30 andares. Embora as lâminas pareçam se mover lentamente, elas podem atingir velocidades altas nas pontas. Os cientistas dizem que parques eólicos instalados em dez estados dos EUA já mataram ao menos 85 águias desde 1997, sendo que a maioria dos óbitos ocorreu entre 2008 e 2012, período que coincide com a expansão dos parques.

A maioria dos óbitos (79) foram de águias-douradas que colidiram com as turbinas. Uma delas, segundo o estudo, foi eletrocutada por linhas de energia. A Associação Americana de Energia Eólica informou em comunicado que o total de mortes causadas pelas usinas eólicas é muito menor se comparado a outras causas. O grupo apontou que trabalha junto ao governo e a grupos ambientais para encontrar formas de evitar que novas águias sejam vítimas.

De acordo com o Departamento de Pesca e Vida Selvagem, há investigações abertas sobre a morte de 18 pássaros envolvendo instalações eólicas. Sete delas foram encaminhadas ao Departamento de Justiça.