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Neste final de semana, Greenpeace vai às ruas com Homem-Motoserra

Ativistas do Greenpeace voltam às ruas para contar uma história de ataque às nossas florestas e pedir a ajuda dos brasileiros para impedir um final trágico. Nos dias 29 e 30 de maio (sábado e domingo), eles carregam para oito capitais (Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio, Salvador e São Paulo) o Homem-Motosserra, paródia dos políticos que querem acabar com as matas ao alterar o Código Florestal.

O Homem-Motosserra vai contar para as pessoas todas as maldades que planeja. Seu plano principal é desfigurar a legislação ambiental atual, considerada uma das mais avançadas do mundo, e abrir brecha para mais desmatamento. Ele representa em especial os deputados da bancada da motosserra, grupo de ruralistas que dominam hoje uma comissão especial sobre o Código Florestal. O relator, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), promete para o início do mês de junho a sua avaliação.

Para Rafael Cruz, coordenador de campanha Greenpeace, os brasileiros foram excluídos deste debate: "Buscamos com essa atividade alertar e engajar a população contra as mudanças no Código Florestal. Queremos conversar com as pessoas, ouvir suas opiniões e saber o que pensa a população brasileira que ficou de fora da discussão sobre o futuro de nossas florestas”, diz.

O Greenpeace ainda organizou uma petição direcionada a Aldo Rebelo, relator da comissão especial que analisa alterações no código, pedindo para que ele não o modifique. Quem participar da atividade na rua poderá assinar a petição durante a atividade e se juntar às mais de 60 mil pessoas que já assinaram.

Os ruralistas reivindicam a revogação da lei e sua substituição por uma mais branda, flexível e adequada aos interesses do agronegócio, além da completa anistia aos crimes ambientais cometidos nas últimas cinco décadas. Na prática, isto significaria a diminuição, ou até mesmo o fim, das reservas legais, mata nativa preservada dentro das propriedades, mais desmatamento em áreas de preservação permanente (APP), como margens de rio, encostas e topos de morro e a transferência para os estados da tarefa de legislar e cuidar das florestas tropicais.

“Ninguém mais aceita que a Amazônia seja destruída para dar lugar a plantações de soja e a atividades pecuárias, principalmente em ano eleitoral, quando esse projeto de lei pode virar moeda de troca para a obtenção de votos”, conclui Rafael.

Confira o vídeo produzido na atividade do último fim de semana com o Homem-Motoserra clicando aqui.

Locais e horários das atividades:

29 de maio (sábado)

Belo Horizonte: praça Savassi – 9h às 13h
Brasília: a confirmar
Porto Alegre: parque da Redenção, rua José Bonifácio, box 10, em frente à Feira Ecológica – 9h às 12h
Recife: parque da Jaqueira, rua do Futuro, 315 – 9h às 12h
São Paulo: viaduto do Chá – 10h às 16h

30 de maio (domingo)

Belo Horizonte: Parque Municipal – 10h às 14h
Brasília: a confirmar
Porto Alegre: usina do Gasômetro, rua Presidente João Goulart, 551 no térreo
Recife: Marco Zero, praça Rio Branco, Recife antigo – 16h às 19h
São Paulo: Paulista, em frente ao Masp/Trianon – 11h às 16h

Alterações na programação publicadas no site do Greenpeace Brasil.