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Inauguração do Parque da Serra do Curral é adiada mais uma vez

Depois de três adiamentos, a inauguração do Parque Serra do Curral – anteriormente chamado de Paredão da Serra – foi cancelada mais uma vez. Desta vez, responsáveis pela unidade de conservação remarcaram a abertura para junho de 2011, na Semana do Meio Ambiente. Entre as justificativas para a demora, estão projetos de ampliação, assinatura de convênios, planos de segurança e manejo.

Mais de R$ 1 milhão já foram investidos na área, que chega a 387 mil m², e nos próximos 12 meses, mais dinheiro será usado em mais uma tentativa de tirar o parque do papel. Moradores da região já estão descrentes em relação à abertura da unidade. “É preciso atenção das autoridades com essa história, que tem gerado desconfianças”, cobra o presidente da Associação dos Moradores do Bairro Mangabeiras, Olintho Pereira Silva.

Originalmente prometido para o aniversário da capital em 2008 – ano em que as obras começaram a ser executadas, depois de 15 anos engavetadas –, o Parque Serra do Curral já foi vítima de vândalos e ainda enfrenta as consequências de apresentar estrutura inacabada. Em 2009, a promessa era de que a inauguração seria em dezembro, o que também não ocorreu. No início deste ano, os responsáveis previam que o parque poderia abrir as portas antes do fim de 2010, o que já se declarou ser impossível. “No máximo em junho do ano que vem ocorrerá a inauguração”, assegura o diretor de Planejamento e Monitoramento da Fundação de Parques Municipais, Jorge Espeschit.

Em um primeiro momento, a justificativa era de que a demora se devia ao fato de que a trilha de 3 mil metros de extensão que liga a unidade ao Parque das Mangabeiras, pela Serra do Curral, precisava de mais segurança, o que exigia planejamento com o Corpo de Bombeiros. Corrimãos chegaram a ser instalados para a caminhada, porém, de acordo com Jorge Espeschit, as barras colocadas não são as mais seguras.

O principal motivo para a demora, de acordo com o diretor, é que percebeu-se – dois anos depois do início da implantação – que será preciso ampliar o parque para maior proteção. Com as frequentes invasões ao local, descobriu-se que uma área que não está cercada vem sendo usada como acesso. “O estudo que fizemos do parque apontou que a estrada que conduz aos nove mirantes estava muito estreita e demandaria ampliação. No entanto, para isso, esbarraremos numa área particular de 30 mil metros quadrados, onde a estrada não foi cercada e por onde as pessoas têm conseguido entrar”, diz. Mas, para que o espaço seja agregado ao parque, será preciso identificar o proprietário do local, até então desconhecido. "Ainda temos que saber quem é o responsável para que possamos negociar uma doação ou até mesmo desapropriação do local”, revela, argumentando que esse tem sido o principal entrave.

Além disso, é preciso que seja oficializado o convênio com o governo do estado, o município de Nova Lima, na Grande BH, e a Mineradora Vale do Rio Doce. Ainda serão necessárias, de acordo com ele, outras adequações, como a pavimentação do caminho que leva ao mirante no topo da Serra do Curral, drenagens ao longo das vias de acesso e instalação de uma grande rede de para-raios. O prazo de 12 meses foi determinado pelo próprio diretor como necessário para finalizar o que falta, entre elaboração de projetos e licitações para contratação das empresas que ficarão responsáveis pelo trabalho.

* Com informações do Estado de Minas