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Amazônia será maior fonte de energia até 2019

Quase um terço da expansão da oferta de energia no País na próxima década será proveniente de seis hidrelétricas a serem instaladas em unidades de conservação na Amazônia. Juntas, elas têm potência equivalente a uma nova Belo Monte, a maior hidrelétrica brasileira, recentemente leiloada no Pará.

De acordo com o Plano Decenal de Energia 2019, usinas com potência de 10.907 MW na bacia do Rio Tapajós, no Pará, ocuparão áreas atualmente destinadas a unidades de conservação, inclusive em parques nacionais, de proteção integral.

O plano decenal cita até as datas para início de operação das novas hidrelétricas, todas a serem viabilizados até 2019. O funcionamento vai depender, entretanto, não apenas de uma minuciosa análise ambiental, mas também da aprovação de projetos de lei pelo Congresso.

Questionado sobre a incerteza na execução de empreendimentos que proveriam grande parte da energia necessária para acompanhar o ritmo de crescimento da economia brasileira, o presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Mauricio Tolmasquim, admitiu que há riscos no cronograma. "Estamos sendo otimistas, e a alternativa seria colocar um monte de usinas térmicas no plano, o que não seria razoável", afirma.

Ainda segundo o presidente da estatal, 66% do potencial hidrelétrico a ser explorado no país encontra-se na Amazônia, onde grande parte do território foi convertida em áreas de conservação ambiental.

A ideia do governo é implantar nessa região as chamadas "usinas-plataforma", com canteiros de obras reduzidos e posterior recuperação de parte da área usada na construção.