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Amda apoia Manifesto de Defesa da Lagoa Dourada

A Amda, em uníssono com outras organizações, assinou ontem (26 de abril) o manifesto em defesa da Lagoa Encantada, localizada no sul da Bahia. Endereçado ao Banco Mundial, ao IBAMA e ao MMA, os signatários manifestam-se contra a implantação do Terminal Portuário da Bamin, do Porto Sul e do traçado final da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), previstos para serem localizados na APA da Lagoa Encantada.

A área onde se pretende instalar o Terminal Portuário da Bamin está inteiramente incluída na Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, reconhecida pela Unesco. Em 1991, a região prevista para implantação do terminal – área às margens do Rio Almada e área da Lagoa Encantada – foi tombada pelo Município de Ilhéus e, em 1993, foi alvo da criação da Área de Proteção Ambiental (APA) da Lagoa Encantada.

Em 2003, a área foi ampliada com o objetivo de conservar os valiosos ecossistemas remanescentes da Mata Atlântica na bacia do Rio Almada, em sua nascente, nos manguezais e nas áreas úmidas associadas a seu estuário.

Essas áreas de extrema riqueza natural, histórica e cultural, abrigam um enorme patrimônio ecológico e socioambiental do Brasil e também do mundo. Além de espécies animais e vegetais endêmicas e ameaçadas de extinção, ali está representada a biodiversidade marinha do Sul da Bahia, em especial os recifes de coral, considerados de alta importância biológica. Em vista disso, é conferida à região uma enorme responsabilidade de proteção e uso sustentável desses ambientes.

Conforme consta no manifesto, ao lado de Caetité (BA) já existe uma ferrovia – a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) – que segue para o Porto de Aratu e poderia ser utilizada para escoar o minério de ferro e exportar através do referido porto. Dessa forma, não há necessidade de se construir uma nova ferrovia que interligue Caetité (BA) e Ilhéus (BA) e um novo porto na região da Ponta da Tulha.