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Amda questiona viabilidade ambiental de assentamento

Amda questiona viabilidade ambiental de assentamento

Pautado para análise de solicitação de LP, na Unidade Regional Colegiada do Copam, no próximo dia 20, o projeto de assentamento do Incra, nas Fazendas Tábuas e Dois Rios, município de Juvenília, causou mobilização imediata de ambientalistas, trazendo novamente à tona, críticas à implantação de projetos de colonização em áreas de importância ambiental relevante.

A área, de 15.281 ha, localiza-se na foz do rio Carinhanha, que divide Minas com a Bahia, e que segundo a Amda é o último grande rio do Estado ainda preservado e com alto índice de qualidade ambiental e seriam assentadas 200 famílias. Pelo projeto, seriam desmatado nada menos que 2.874 ha, de Cerrado e Mata Estacional Decidual.

O parecer técnico da Semad é pelo indeferimento, e informa que a área tem 25 lagoas de várzea, além de classificar integridade da fauna em 100% e da flora em 84%. O Ibama também manifestou-se contrário ao assentamento, recomendando criação de unidade de conservação de uso sustentável, posição não compartilhada pela Amda.

"Áreas com esse grau de integridade ambiental, praticamente não existem mais no Estado. Por isto, têm de ser integralmente preservada, sem qualquer tipo de uso econômico", diz a superintendente da Amda, Maria Dalce Ricas.

Ela informa ainda que o secretário de meio ambiente de Minas, José Carlos Carvalho, também discorda do empreendimento e comunga com a proposta de transformação da área em UC. Apesar da recomendação do indeferimento, Dalce teme aprovação da licença, e informa que a Amda enviou correspondência ao governador Antônio Augusto Anastasia, solicitando que os representantes do governo na URC, apoiem a Semad na proposta de indeferimento.

"O indeferimento não causará nenhum problema ao Incra, pois o que não falta em Minas, são áreas já desmatadas e degradadas para implantação de assentamentos. Não é preciso destruir mais uma", arremata.

Fonte: Assessoria de Imprensa Amda