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“Precisamos de um plano diretor metropolitano”

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A recente decisão da Câmara Municipal de Lagoa Santa em aprovar um projeto de lei que permitia a construção de edifícios em torno da lagoa central da cidade, poderia ter sido evitada se houvesse um plano diretor metropolitano. A opinião é do conselheiro da Amda, Maurício Cravo.


"A área carste é tão delicada do ponto de vista ambiental e cultural, que não se pode estar à mercê de vereadores para decidirem a dinâmica da ocupação do solo. É preciso a interferência do Estado em um plano diretor metropolitano", avalia ele.


A cidade de Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, abriga um rico patrimônio arqueológico. Parte do seu território é ocupado por uma das mais importantes Áreas de Preservação Permanente (APA) do Estado: a APA Carste Lagoa Santa, que se estende entre os municípios de Pedro Leopoldo, Funilândia, Matozinhos e Confins.


O jornal Estado de Minas destacou em sua edição de domingo que 90% da cobertura vegetal de Lagoa Santa foi devastada e destinada à agropecuária, com prejuízos também para nascentes, beira de córregos e de lagos. Atualmente, essa vegetação está representada pelo cerrado e resquícios de Mata Atlântica.


O que é Carste


Tipo de relevo presente na região da APA de Lagoa Santa constituído de rochas calcárias, que, sob ação da água, sofreram dissolução e formaram um ambiente dotado de atributos paisagísticos muito frágeis. O carste tem um dominío superficial, com a concentração de sumidouros, dolinas, vales cegos e maciços calcários e outro subterrâneo, com o conjunto de galerias e grutas e sistema de drenagem alimentados pelos sumidouros. A área total compreende 36,5 mil hectares
(Fonte: Estado de Minas)