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Criação de unidades de conservação para proteger cavernas é questionável

O Governo Federal anunciou que pretende criar 30 unidades de conservação federais, com o intuito de proteger as cavernas. A meta faz parte do Programa Nacional de Conservação do Patrimônio Espeleológico, que prevê ainda a organização de programas de turismo ecológico nas cavernas, a realização de um inventário nacional do patrimônio espeleológico nacional e estímulo a um programa de pesquisas aplicadas à conservação e ao manejo de cavidades naturais.
Difundido pelo Ministério do Meio Ambiente, na última semana, o programa ainda não tem prazo definido e será coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, ICMBio, que tem 90 dias para eleger um comitê de assessoramento para o plano.
Para a ambientalista e superintendente da Amda, Maria Dalce Ricas, implantar e manter parques não é uma tarefa fácil, assim como criá-los. “O Governo Federal deve estar pensando que com esse anúncio conseguirá enganar os setores da sociedade que se indignaram com o decreto que mudou as regras do licenciamento. Porém, há uma distância muito grande entre dizer e fazer”, questiona. Ela afirma também que a maior parte dos parques criados continua desprotegida.
Segundo dados do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas, Cecav, das 100 mil cavernas do Brasil, apenas 6 mil estão registradas e, dessas, menos de 2 mil estão dentro de unidades de conservação.
Fonte: Ascom Amda com informações da Agência Brasil