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Amda e Cônsul Geral da Irlanda visitam projeto socioambiental em Januária (MG)

O projeto é executado pela Amda, em parceria com a Prefeitura e patrocinado pelo consulado irlandês.

Amda e Cônsul Geral da Irlanda visitam projeto socioambiental em Januária (MG)
Delegação do consulado da Irlanda, prefeitura de Januária e Amda na na Comunidade Quilombola Pé de Serra. Crédito: Divulgação.

O Cônsul Geral da Irlanda, Eoin Bennis, e sua assessora, Fabiana Lino, representantes da Amda e da Prefeitura, visitaram proprietários rurais que estão sendo beneficiados pelo projeto, através de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA).

Uma das propriedades visitadas foi a de José Correia de Oliveira, mais conhecido como “Zé Preto”. Ela está localizada na Comunidade Quilombola Pé de Serra, que fica na microbacia do Riacho da Quinta, bacia do rio São Francisco.

A região é conhecida como Brejo do Amparo, situada ao sopé da Serra de mesmo nome, onde recentemente foi criado um Monumento Natural pela Prefeitura de Januária, com apoio da Amda.

Tanto a delegação irlandesa quanto os representantes do executivo municipal reafirmaram o interesse em continuar a parceria com a Amda, que possibilita a proteção do Cerrado, a savana mais ameaçada e rica em espécies do mundo, através do apoio de moradores locais.

“O Cerrado é hoje o bioma mais desmatado no Brasil. Segundo dados recém publicados, o Norte de Minas teve números alarmantes de perda no bioma principalmente para o agronegócio, que insiste no desmatamento para ampliar as monoculturas”, destacou Ligia Vial, assessora jurídica da Amda.

Ela informa que o projeto de PSA privilegia e valoriza pequenos produtores, conciliando preservação ambiental com produção e extrativismo de forma sustentável. “Esse é único caminho que pode garantir a sobrevivência das comunidades, do bioma e da água”, completou Lígia.

Para o geógrafo e coordenador de projetos da Amda, Luiz Gustavo Vieira, o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) é o principal e único mecanismo, até o momento, que estimula manutenção e recuperação ambiental da microbacia do Riacho da Quinta, que contribuirá para manter a economia local, baseada em agricultura de subsistência e plantio de cana-de-açúcar para produção de cachaça.  

Ele explica que as propriedades rurais recebem visitas periódicas da Prefeitura e da Amda para acompanhamento, avaliação de ganhos ambientais, diálogo e orientação técnica.

“O projeto está sendo fundamental para que a comunidade quilombola beneficiada passasse a se sentir reconhecida e motivada a proteger ainda mais o meio ambiente. Acreditamos que esses habitantes atuarão como multiplicadores de boas práticas, tendo aprimorado seu conhecimento sobre as leis ambientais e os benefícios da conservação”, enfatizou Luiz Gustavo.