Espécie da vez

2016: Ano do Papagaio – Campanha apoia proteção das espécies ameaçadas

2016: Ano do Papagaio – Campanha apoia proteção das espécies ameaçadas
Papagaio Charão / Crédito: Haroldo Palo

A campanha nacional: 2016 – Ano do Papagaio, é voltada para proteger as espécies mais ameaçadas no País. A iniciativa, que integra o Plano de Ação Nacional dos Papagaios da Mata Atlântica (PAN Papagaios), é coordenada pela Sociedade de Zoológicos e Aquários do Brasil (SZB) com apoio do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave/ICMBio) e parceria com projetos de conservação dos papagaios.

O símbolo da campanha é o papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) que ocorre na maior parte do País. Por ser o mais “falador” entre os papagaios brasileiros, a espécie é a preferida como ave de estimação. Os filhotes são capturados por traficantes ainda nos ninhos, e pela sua fragilidade, além dos maus tratos, a maioria morre durante o transporte.

No Ano do Papagaio, o papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis) saiu da categoria “vulnerável” para “quase ameaçada”, na Lista Nacional de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção no Brasil.

As outras quatro espécies, mesmo com o esforço de especialistas e pesquisadores, ainda estão na lista de espécies mais ameaçadas. São elas: o papagaio-do-peito-roxo, papagaio-charão, papagaio-chauá e o papagaio-verdadeiro. A lista é elaborada pelo governo brasileiro, após consultar vários especialistas.

Alvos da campanha

Papagaio-Verdadeiro
Amazona aestiva

O mais conhecido dos papagaios. Vive em várias regiões do Brasil: Pantanal do Mato Grosso, Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul, além de outros países sul-americanos, como a Argentina, Bolívia e Paraguai. Tem grande habilidade para aprender a imitar a fala humana, e por isso e conhecido como “melhor falador” entre os papagaios brasileiros. É o mais desejado pelas pessoas e o mais capturado pelos traficantes.

Papagaio Charão
Amazona petrei

Vive nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina e pode ser encontrado em diferentes altitudes, desde 67 m até 1600 m , no Planalto Catarinense. Seu alimento preferido é a semente de pinhão, nas florestas de araucária. Apreciam tanto que chegam a voar longas distâncias e se reúnem em bandos gigantescos só para apreciar sua alimentação preferida.

Papagaio-de-peito-roxo
Amazona vinacea

Era encontrado frequentemente em várias regiões de Mata Atlântica no sul da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais, até o Rio Grande do Sul. Existe em outros países, como o Paraguai e a Argentina. Enfrenta sérias ameaças, com a destruição das áreas de florestas. Assim como o papagaio-charão, aprecia as sementes dos pinhões.

Papagaio-de-cara-roxa
Amazona brasiliensis

Vive no litoral, desde o extremo norte de Santa Catarina até o sul de São Paulo. Em bandos, deslocam-se diariamente entre as ilhas e a planície litorânea, e utilizam as ilhas, como locais de dormitório e para criar os filhotes. Como os demais papagaios, utiliza ocos de árvores antigas da floresta para ninhos e prefere os guanandis que são árvores altas antes muito comuns na planície litorânea.

Chauá
Amazona rhodocorytha

Vive nas florestas úmidas da faixa litorânea do Centro-Leste do país, sendo encontrado desde o estado do Alagoas até o Rio de Janeiro e Minas Gerais, tanto em matas altas na Serra do Mar e no interior, quanto ao longo dos vales de grandes rios e nas matas de tabuleiro. A região onde habita vem sendo muito desmatada com a pressão exercida pela agropecuária e a urbanização. Se alimentam de frutos, sementes e brotos.