Ambiente Hoje
O pesquisador que pretende levantar a história da Lista Suja tem no Ambiente Hoje a melhor fonte, ainda que uma parte dessa história – compreendida entre 1982 e 1988 – não tenha sido registrada, porque o jornal não existia. Mas, a partir daí, anualmente, no mês de julho, o Ambiente Hoje sempre trazia a edição especial da Lista Suja. Suas páginas retrataram, também, os grandes embates ambientais travados no Estado pelo controle da poluição atmosférica, pela adequação do garimpo, da mineração e da siderurgia à legislação ambiental, pela redução do desmatamento, pelo esforço para que cada um contribuísse para a redução do aquecimento global.
Pelas páginas do Ambiente Hoje foi possível acompanhar, também, as transformações pelas quais passou a estrutura de meio ambiente do poder público em Minas, inicialmente com a criação da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e a incorporação gradativa dos órgãos que a compõem – Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), Instituto Estadual de Florestas (IEF) e Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam); e, em um segundo momento, com a descentralização do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam).
A profícua existência do Ambiente Hoje coincidiu com um momento de grandes transformações na área de comunicação. O embrião do jornal foi um boletim mimeografado impresso em A4 que, em seguida, migrou para um jornal tabloide de quatro páginas impresso em preto e branco. Já com o título de Ambiente Hoje, o jornal procurou se adequar às mudanças de padrão de diagramação. Ao longo desse período, teve vários editores, passou por inúmeras reformas gráficas, ganhou versão impressa na internet e ficou mais colorido. Apenas uma coisa não mudou: o compromisso com a qualidade da informação e com a isenção. Esse é o seu legado de 23 anos.
O periódico mensal da Amda era distribuído em órgãos públicos, sindicatos, bibliotecas, instituições de ensino em Belo Horizonte e no interior do Estado, prefeituras, secretarias de Meio Ambiente, Turismo, Educação e Comunicação, veículos de imprensa, empresas com atuação na área ambiental, ONGs ambientalistas e associados da entidade, entre outros.
Sua produção foi interrompida para dar espaço a outras formas de comunicação mais modernas e eficientes, como o próprio site da Amda, atualizado diariamente, fóruns virtuais, redes sociais, debates periódicos com a sociedade – por exemplo, as Terças Ambientais – e outras ferramentas de divulgação mais interativas.