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Águas de Minas: nem boa, nem ruim

O Instituto Mineiro de Gestão as Águas (Igam) divulgou na última semana o "Mapa da Qualidade das Águas Superficiais do Estado", relativo a 2009. O estudo revela que 51,4% dos cursos de água do Estado possuem nível médio, 26% nível ruim e 21% bom.

De acordo com o levantamento, houve uma pequena melhora em relação ao último levantamento realizado em 2008. Os percentuais de contaminação orgânica e tóxica, por exemplo, diminuíram. Naquele ano, o material orgânico representava 3,7 miligramas por litro e em 2009 ficou em 3,5.

"A variação parece inexpressiva, mas é significativa, pois com menos dejetos na água, aumenta-se a quantidade de oxigênio", afirmou a diretora de Monitoramento e Fiscalização do Igam, Marília Melo.

Já a contaminação por tóxicos, em toda a área de bacias, 81,7% das águas apresentaram índices baixos de poluição – uma redução de 3,3%. Nas bacias dos Rios Pardo e Jequitinhonha, afirma o estudo, esses valores chegaram a 100%.

Segundo o Igam, o aumento da fiscalização, a intensificação do tratamento de esgotos e a conscientização das populações ribeirinhas contribuíram para os resultados positivos.

O estudo analisou materiais de 487 pontos de amostragem de oito bacias hidrográficas do Estado – Verde Grande, Doce, Jequitinhonha, Mucuri, Paraíba do Sul, Paranaíba, Pardo e São Francisco.

O secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, ressaltou a importância dos comitês de bacia para o alcance dos resultados: "O trabalho de mobilização foi fundamental. Minas está na vanguarda de recursos hídricos por causa desse esforço".

Ruim

As bacias dos rios São Francisco, Verde Grande, Paraopeba e Velhas enfrentam as piores situações em Minas Gerais. Nessas bacias, houve um aumento da condição "ruim" de 24,1% para 26,1%. No São Francisco, os índice "ruim" chegou a 30,6% e o "muito ruim" a 2,2%.