Empresa suspende estudos para exploração da Mina da Serrinha
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A mineradora Ferrous Resources suspendeu os estudos para exploração da Mina da Serrinha, no distrito de Piedade do Paraopeba, em Brumadinho. Segundo a gerente de Comunicação e Responsabilidade Social da empresa, Mariana Rosa, no momento a empresa não tem um projeto definido para exploração da mina. Em audiência pública da Comissão de Minas e Energia da ALMG, realizada nesta quarta-feira (5), a gerente recebeu muitas críticas dos representantes de comunidades dos entornos da mina. A reunião havia sido solicitada pelo deputado
O deputado foi procurado diversas vezes por representantes de comunidades que seriam afetadas caso o projeto se viabilizasse. Segundo ele, a empresa chegou a procurar moradores da área a ser explorada para adquirir terras, que totalizam 48,6 km².
A representante da mineradora reconheceu que as primeiras abordagens da empresa junto às comunidades foram inadequadas e provocaram muita ansiedade. Ela garantiu, contudo, que não há nenhum projeto protocolado na Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Supram) e que a empresa quer encontrar locais alternativos para o desenvolvimento das atividades, além realizar os estudos de impacto ambiental em parceria com a comunidade. A superintendente da Supram Central e Metropolitana, Scheilla Samartine, confirmou que não há nenhum projeto da empresa para Brumadinho formalizado no órgão. "Se o empreendimento vier a se concretizar, terá que passar pelo licenciamento ambiental", explicou.
O promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente, Patrimônio Cultural, Urbanismo e Habitação (Caoma), Luciano Luz Badini Martins, apresentou uma proposta de composição, através do Ministério Público, de uma equipe técnica qualificada para acompanhar os estudos de viabilidade técnica e ambiental da Ferrous Resource em Brumadinho. Ele defendeu a necessidade de assegurar a proximidade com a comunidade e garantir a transparência do processo. "Precisamos ter a certeza e a qualidade da informação. As comunidades precisam saber o que será feito, como acontecerá e se há alternativas para reduzir os impactos", afirmou.
Para tranquilizar as comunidades da região, o assessor da Presidência do Sindicato da Indústria Mineral do Estado (Sindiextra), Wilson Starling Júnior, citou ainda a rigidez da legislação ambiental mineira. "Há leis para serem cumpridas. A legislação não permite, por exemplo, interferir nas comunidades quilombolas", argumentou.
Ao final da reunião, o deputado
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