Especial Amda 40 anos: Luiz Paulo Pinto
Em agosto a Amda completa 40 anos de fundação. O que não faltam são histórias para ilustrar quatro décadas de lutas emblemáticas pela proteção do meio ambiente. Por isso, convidamos algumas pessoas que marcaram a história da organização. O convidado desta semana é Luiz Paulo Pinto, biólogo e Mestre em Ecologia, Conservação e Manejo de Vida Silvestre pela UFMG.
Amda – Como começou seu envolvimento com a Amda? Você atuou diretamente com a instituição? Conte-nos um pouco da sua história com a organização.
Luiz Paulo – Atuei durante 20 anos em ações e projetos de conservação da biodiversidade pela Conservação Internacional, assim como a Amda, uma ONG ambientalista. Nesse período, a relação com a Amda foi sempre de respeito e compartilhamento de informações e estratégias, além da formação de parcerias como no Fórum Florestal Mineiro e na Frente Mineira pela Proteção da Biodiversidade. Desde 2014, me tornei membro do Conselho Consultivo da Amda e passei a ter contatos mais frequentes com a equipe da organização e seus apoiadores. Dessa forma, comecei a colaborar mais diretamente com a organização, fornecendo suporte técnico para a estratégia e projetos institucionais, além de participar de iniciativas como a “Terça Ambiental” e o “Fórum Florestal Mineiro”.
Amda – Para você, qual é a maior conquista da instituição?
L.P – Foi a contribuição da organização para o reconhecimento e incorporação da pauta ambiental nas discussões políticas de desenvolvimento no estado de Minas Gerais. Foram muitos obstáculos e desafios na construção das bases para a pauta ambiental no estado. A organização cresceu e se tornou uma referência no setor ambiental, sendo respeitada e com capacidade para contribuir, cada vez mais, para a proteção da biodiversidade em Minas e no país.
Amda – E qual é o maior desafio atualmente?
L.P – O maior desafio da Amda e do setor ambientalista é transformar o crescente apoio demonstrado pela maioria da sociedade para a conservação da biodiversidade em um suporte político forte e permanente, que possa proporcionar uma agenda de transformações profundas para o desenvolvimento sustentável do país.
Amda – Conte-nos alguma luta da entidade que você participou e marcou sua caminhada.
L.P – Participei lado a lado com a Amda para o desenvolvimento do diálogo no Fórum Florestal em Minas Gerais (FFM), com desdobramentos para o Diálogo Florestal Nacional. As empresas de base florestal são atores importantes no consumo de recursos naturais e na configuração da paisagem da Mata Atlântica e Cerrado de Minas Gerais. De um ambiente de desconfiança entre ONGs e empresas participantes do FFM, passamos para um Fórum produtivo com compartilhamento de informações, ideias e ações. Esse ambiente colaborativo foi importante para a participação da Amda nas discussões difíceis e complexas da revisão do Código Florestal brasileiro e, posteriormente, da revisão da Lei Florestal mineira.
Amda – Neste aniversário de 40 anos, o que você deseja para a Amda?
L.P – Muitos aplausos pela dedicação e luta incansável por uma bela causa. Desejo ainda mais sucesso e novas conquistas nos próximos anos de vida da Amda.
Amda – Gostaria de acrescentar algo?
L.P – Gostaria de agradecer a toda equipe da Amda por terem me recebido sempre de forma carinhosa ao longo desses anos. A convivência na Amda nos últimos anos apenas confirmou o que eu já percebia como parceiro institucional, ou seja, a equipe da organização trabalha com paixão e determinação para fortalecer e ampliar as ações e políticas de conservação da biodiversidade em Minas Gerais e no país. Parabéns!