Pássaro maçarico-de-bico-fino é declarado extinto
O último registro reconhecido da espécie é de 1995.
O maçarico-de-bico-fino (Calidris bairdii), uma espécie de ave migratória, foi declarado oficialmente extinto. A espécie invernava no Mediterrâneo e se reproduzia na Sibéria Ocidental durante o verão. Instituições como a BirdLife International e o Museu de História Natural confirmaram a extinção da espécie, não vista há quase 30 anos.
O último registro confiável da ave é de 1995. Desde então, pesquisadores organizaram expedições para localizá-la, mas não tiveram sucesso. Eles analisaram mais de 1.400 possíveis registros, incluindo fotografias, relatórios e relatos de avistamento, mas descartaram todos.
Alex Bond, curador sênior de pássaros do Museu de História Natural, destacou o desaparecimento da ave em Merja Zerga, no Marrocos, local de invernada. Segundo ele, as buscas envolveram a análise de vastas áreas e registros históricos. A ausência de novos indícios confirmou a extinção.
“Quando o maçarico-de-bico-fino parou de retornar ao seu principal local de inverno em Merja Zerga, Marrocos, houve um grande esforço para tentar localizá-lo em áreas de reprodução”, explica Bond.
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Por que o maçarico-de-bico-fino desapareceu?
O desaparecimento do maçarico-de-bico-fino está relacionado a uma combinação de fatores. Ao longo do século 20, a espécie enfrentou uma série de pressões ambientais e humanas.
A espécie tinha hábitos reprodutivos específicos, pois fazia ninhos no solo e botava até quatro ovos por temporada. A baixa taxa reprodutiva limitava o crescimento populacional. Além disso, os locais de reprodução na Sibéria Ocidental e Ásia Central deram lugar a cultivos agrícolas e pastagens.
A caça também contribuiu para o desaparecimento da espécie. Caçadores capturavam a ave durante a migração e a vendiam em mercados europeus, principalmente na Itália. Alguns exemplares foram até preservados em museus.
O maçarico-de-bico-fino é a primeira ave com habitat no norte da África, oeste da Ásia e Europa continental oficialmente extinta. Especialistas alertam para a necessidade de preservar espécies que enfrentam ameaças semelhantes.
