Notícias

Paul Watson: o ativista preso por defender baleias

Paul Watson: o ativista preso por defender baleias
Crédito: Perfect World Foundation/ Divulgação

Enquanto países como Islândia, Japão e Noruega continuam caçando baleias, o ativista Paul Watson, reconhecido mundialmente por sua luta em defesa dos oceanos, foi preso por se opor a essa prática cruel.  

Watson foi detido em julho de 2024 ao tentar interceptar um baleeiro japonês. Recentemente, o tribunal de Nuuk, na Groenlândia, determinou que ele permanecerá preso até 18 de dezembro, enquanto aguarda a decisão final do governo dinamarquês sobre sua extradição.

Fundador da organização conservacionista Sea Shepherd, Paul Watson enfrenta um pedido de extradição do Japão, que o acusa de “obstrução de atividade comercial”. As acusações remontam a 2010, quando ele impediu a caça ilegal de baleias no Oceano Antártico. Watson e seus apoiadores veem a prisão como uma represália política, isto é, uma tentativa do Japão de silenciar a exposição de seus crimes contra as baleias.

Atualização 18/12: No dia 17 de dezembro, Paul Watson foi libertado da prisão pelo governo da Dinamarca, que rejeitou o pedido de extradição do Japão, baseado em acusações que remontam a mais de uma década. O ativista permaneceu preso por quase 150 dias.

Controvérsia

Atualmente, apenas Islândia, Noruega e Japão ainda permitem a caça de baleias, desconsiderando a moratória internacional que proíbe a prática desde 1986.  O Japão antes alegava fins científicos para a atividade, mas liberou a caça comercial em 2019.

Em um arquipélago entre a Islândia e a Noruega, as Ilhas Faroé, a caça a baleias também é alvo de polêmicas. Durante as caçadas, chamadas de “grindadrap” ou “grind”, os caçadores atraem centenas de animais para uma baía rasa e os esfaqueiam brutalmente até a morte.

Embora a justificativa para a caça de baleias seja a importância sociocultural, uma pesquisa mostrou que 51% da população islandesa é contra a atividade. Apenas 29% é a favor, sendo a maioria pessoas com 60 anos ou mais.