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Amazônia 2030: pesquisadores propõem plano de desenvolvimento e restauração da floresta

Amazônia 2030: pesquisadores propõem plano de desenvolvimento e restauração da floresta

Usando como base o relatório “As Cinco Amazônias: bases para o desenvolvimento sustentável da Amazônia Legal”, pesquisadores do projeto Amazônia 2030 idealizam desenho que divide a Amazônia em cinco macrozonas, levando em consideração a cobertura florestal remanescente de cada área da floresta.

O plano de desenvolvimento sustentável para a Amazônia Legal abrangerá 59% do território nacional e 772 municípios. A partir do reconhecimento das particularidades de cada local, os cientistas visualizaram políticas públicas de conservação, avanços sociais e de estímulo da floresta. A floresta ficou dividida em:

  • Amazônia florestal: onde há mais floresta e baixa densidade demográfica;
  • Amazônia sob pressão: área em que as taxas de desmatamento são as mais elevadas;
  • Amazônia desmatada: que há potencial para aumento da produtividade agropecuária e restauração;
  • Amazônia não florestal: onde predomina a vegetação de Cerrado;
  • Amazônia urbana: onde está 76% da população no bioma amazônico e onde é necessário melhorar saneamento, moradia, mobilidade e arborização.

A “Amazônia Florestal” ocupa 39% da área total da Amazônia Legal e é considerada a região mais preservada, com apenas 4% do território afetado pelo desmatamento. Já na região conhecida como “Amazônia sob pressão”, o desmatamento atinge 19% do território.

Na “Amazônia desmatada”, cerca de 66% da floresta original já foi derrubada, restando 34% de remanescentes florestais precisando de proteção. Por ser uma das principais, na “Amazônia não florestal” deve ser priorizado obedecer ao Código Florestal e recuperar áreas degradadas para garantir a preservação ambiental.

Uma vez que concentra 76% da população, a “Amazônia urbana” necessita de investimentos em infraestruturas básicas, como coletas de lixos, redes de esgoto, mobilidade urbana, educação, saúde e qualificação profissional. Esse tipo de ação é fundamental para promover o desenvolvimento sustentável e garantir uma melhor qualidade de vida para as pessoas que vivem na região, defendem os pesquisadores.

“A Amazônia é um continente e as pessoas que olham para a região de longe tendem a vê-la como homogênea, o que ela não é. Entender as diferenças é pré-condição para qualquer plano de desenvolvimento e conservação ter resultado”, afirma Adalberto Veríssimo, cofundador do Imazon.