Califórnia exigirá painéis solares em novos edifícios a partir de 2020
Contrapondo a falta de política ambiental do presidente norte-americano Donald Trump, o estado da Califórnia sancionou nova medida para reduzir as emissões de carbono. A norma, aprovada por unanimidade na Comissão Estadual de Energia, determina que a partir de 2020 novas residências deverão utilizar sistemas solares para gerar energia. Apenas edifícios com baixo potencial de captação solar estão isentos da medida.
Estima-se que as novas construções fiquem entre US$ 8.000 (R$ 31 mil) e US$ 12 mil (R$ 46 mil) mais caras, acrescentando cerca de US$ 40 (R$ 155) por mês às hipotecas com duração de 30 anos. Mas o proprietário terá retorno do investimento, visto que seus gastos com aquecimento, ar condicionado e iluminação podem diminuir em aproximadamente US$ 80 (R$ 310) por mês.
Além da economia, a medida irá proporcionar grande redução na emissão de carbono, o equivalente a 115 mil automóveis a menos nas ruas.
Modelo
Esta não é a primeira vez que a Califórnia propõe medidas ambiciosas para diminuir sua participação no aquecimento global. Em 2015, o governador Jerry Brown assinou uma portaria para reduzir em 40% as emissões de gases de efeito estufa do estado até 2030. Cerca de dez anos antes, o democrata anunciou que iria equiparar os níveis de emissões àqueles da década de 90 até 2020.
Em 2012, o mercado de carbono do estado também sofreu alterações para se encaixar à política de redução. Foi estabelecido um nível máximo de emissões por empresa, que é reduzido a cada ano. Assim, as organizações têm duas opções: encontrar alternativas para poluir menos ou comprar créditos de carbono na mão do estado. Quando a empresa opta pela compra de créditos, ela também contribui com o planeta, pois o dinheiro arrecadado é destinado a políticas ambientais.
O estado é visto como um dos que mais investem em tecnologia e promovem medidas para conter as mudanças climáticas.