Brigadas da Amda, em parceria com empresas, já combateram mais de 180 incêndios florestais neste ano

Press Release

Belo Horizonte, 22 de agosto de 2017 – A criação de brigadas profissionais para combate a incêndios florestais em Minas Gerais é iniciativa pioneira no país e significou grande avanço na proteção de ambientes naturais. A Amda conta atualmente com sete brigadas. Três em parceria com Sindiextra/Vale, com bases em Barão de Cocais, Itabirito, Itabira e no bairro Jardim Canadá, em Nova Lima. Outras duas em parceria com a Anglo Gold Ashanti, com bases em Sabará e Barão de Cocais; e mais uma brigada com a Gerdau, também com base em Itabirito. No primeiro semestre de 2017, as equipes atuaram em cerca de 180 ocorrências.

Vandalismo, queima de lixo ou pastagem e limpeza de lote aparecem nos relatórios como fatores responsáveis pela propagação de queimadas. Entre as vítimas deste ano estão o Monumento Natural Estadual da Serra da Moeda, Reserva Biológica Campos Rupestres de Moeda do Sul e RPPNs Capitão do Mato I, Capanema e Córrego Seco. A RPPN Santuário do Caraça, que possui 10.187 hectares, foi também alvo dos criminosos. Neste final de semana, as chamas destruíram preciosos 95 hectares.

O fogo começou na sexta-feira (18) e foi debelado na manhã de domingo (20). Segundo Fabrício Araújo, coordenador de brigadas da Amda, as chamas estavam concentradas em local de difícil acesso, tanto para veículos como para chegar a pé. “A situação era complicada, pois o fogo estava atingindo as copas das árvores, o chamado ‘fogo de copa’. O apoio da aeronave do PrevIncêndio foi imprescindível para debelarmos o incêndio”, relatou. O combate contou ainda com apoio de uma brigada da Semad.

A Amda investigou a destinação do ICMS Ecológico em 12 municípios que receberam recursos por abrigarem unidades de conservação, considerando os valores repassados em fevereiro de 2016, retirados do site da Fundação João Pinheiro. Catas Altas recebeu R$ 58.327,80 pelo Caraça. Apesar do valor, a prefeitura não possui brigadistas contratados. O combate ao incêndio não contou com qualquer auxílio da prefeitura.

Para Thais Rego de Oliveira, especialista em Relacionamento Institucional de Meio Ambiente da Vale, os mais de quatro anos de parceria com as brigadas da Amda comprovam a importância dessa interação e atuação conjunta para proteção do meio ambiente. “Temos 21 reservas naturais no Quadrilátero Ferrífero, com mais de 400 nascentes. São áreas importantes para conservação, que conseguimos proteger pelo trabalho das brigadas. Aliamos desenvolvimento e proteção”, comenta.

O Parque Estadual da Serra do Rola Moça também ardeu em chamas neste final de semana. O incêndio começou no sábado (19) e foi debelado ao final do dia. O combate contou com participação das brigadas da Copasa, Semad, Brigada 1, Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMMG), Instituto Casa Branca (ICB) e MGS.

João Paulo Pantaleão, chefe da área de meio ambiente da AngloGold Ashanti, enfatiza a importância das brigadas não só no combate, mas também na prevenção. “Nenhum grande incêndio florestal na região de Santa Bárbara foi registrado depois que a brigada começou a atuar. Isso mostra que os trabalhos de prevenção, como implantação de aceiros, trabalhos de educação ambiental e rondas têm garantido a proteção de uma área tão importante para a biodiversidade”, afirmou.