Brasil lidera ranking de ativistas ambientais assassinados em 2016
Brasil é o país mais perigoso do mundo para os defensores do meio ambiente. O país registrou 25% do total de assassinatos de ativistas ocorridos no mundo em 2016, segundo levantamento da Global Witness.
Pelo menos 200 ativistas ambientais, um número recorde, foram mortos em todo o mundo no ano passado, 60% deles na América Latina. Sobre as vítimas, 40% eram membros de grupos indígenas. O balanço, o dobro do registrado dois anos antes, é o mais elevado desde que a organização começou a contabilizar os assassinatos de ambientalistas, em 2002. Em 2016, os assassinatos também se espalharam geograficamente, atingindo 24 países, contra 16 em 2015.
Brasil, Colômbia e Filipinas são responsáveis ??por mais da metade das mortes, seguidos por Índia, Honduras, Nicarágua, República Democrática do Congo e Bangladesh.
Este é o reflexo de uma onda de violência em que “as empresas mineradoras, madeireiras, hidroelétricas e agrícolas passam por cima das pessoas e do meio ambiente em sua busca por lucro”, lamenta a organização.
Um terço dos 100 assassinatos que foram atribuídos a setores industriais específicos estavam vinculados a operações de mineração e petróleo. As mortes vinculadas a empresas madeireiras aumentaram de 15 a 23 em um ano, e foram registrados 23 assassinatos relacionados a projetos do agronegócio.
“A luta para proteger o planeta se intensifica rapidamente e o custo pode ser quantificado em vidas humanas”, lamenta Ben Leather, da Global Witness.
Com informações da France Presse