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Romário é suspeito de cometer crime ambiental

Romário é suspeito de cometer crime ambiental
Senador Romário é suspeito de cometer crime ambiental / Crédito: Ueslei Marcelino/ Reuters

Investigação da Polícia Civil do Distrito Federal aponta a suspeita de que o senador Romário (PSB-RJ) – tetra campeão mundial pela Seleção brasileira – cometeu crime ambiental ao construir quadras de futebol e futevôlei em área de preservação, às margens do lago Paranoá, no Lago Sul, bairro nobre de Brasília.

O inquérito foi aberto em 2013. Desde então, foram realizadas visitas ao imóvel e ouvidas testemunhas. A representante da dona do imóvel afirmou ao Ministério Público que o local foi alugado para Romário em 1º de novembro de 2012 “sem as supostas benfeitorias” questionadas pelos promotores. Ainda de acordo com ela, o senador “construiu por sua conta” o campo de futebol.

A Promotoria aponta danos diretos ao local, que é Área de Preservação Permanente (APP), como impermeabilização da superfície do solo, e danos indiretos, como impedimento da regeneração da vegetação e aumento do escoamento superficial de águas pluviais, classificado de impacto paisagístico.

O MP do Distrito Federal e Territórios alega que há “fortes indícios” de que o senador tenha causado danos ambientais na reforma da residência. Como Romário tem foro privilegiado, a Quarta Promotoria de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Ambiental enviou o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF) e pediu que a investigação tenha prosseguimento.

O caso foi distribuído para o gabinete do ministro Teori Zavascki, que pode encaminhá-lo ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que analisará a possível continuidade do inquérito para que Romário seja formalmente investigado. Para ser aberta, a apuração precisará ser autorizada por Teori, relator do caso.

Por meio de nota, Romário afirmou que fez pequenas adequações no terreno e que não provocou danos ao meio ambiente. “Romário não construiu as quadras, até porque já existiam ali. Realizou apenas pequenas adequações depois que alugou o imóvel. Enquanto o píer foi autorizado pela Marinha, ao passo que, a toda prova, se houve algum dano ambiental, ocorrera antes mesmo da locação do imóvel, não podendo ser a ele imputada”, pontua.

Com informações do G1