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Crime ambiental é a quarta atividade ilegal mais lucrativa do mundo

Crime ambiental é a quarta atividade ilegal mais lucrativa do mundo
Marfim confiscado em Singapura está de volta ao Parque Nacional Tsavo East

O crime ambiental – que inclui comércio ilegal de animais selvagens, exploração ilegal de madeira, ouro e outros minerais, pesca ilegal, tráfico de resíduos perigosos e fraude de crédito de carbono – é a quarta atividade ilegal mais lucrativa do mundo, atrás apenas do tráfico de drogas, falsificação e tráfico de pessoas. Segundo relatório do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (Pnuma), em parceria com a Interpol, o lucro advindo do saque de recursos naturais resultou num caixa que varia de US$ 91 e 258 bilhões em 2015, um crescimento de 26% em relação ao período anterior.

Segundo o documento, as leis para coibir esse tipo de crime são fracas e as forças de segurança são mal financiadas, o que impossibilita o devido enfrentamento contra as redes criminosas internacionais e rebeldes armados que lucram com o comércio ilegal de recursos naturais. Para se ter uma ideia, a quantidade de ativos perdidos devido a crimes contra o meio ambiente é 10 mil vezes maior do que a quantidade de dinheiro gasto por agências internacionais na luta contra ele – valor estimando entre US$ 20 e 30 milhões.

Na última década, por exemplo, caçadores mataram uma média de 3 mil elefantes por ano na Tanzânia. Isso é um valor de mercado anual para os traficantes de marfim de US$ 10,5 milhões, quantia cinco vezes maior que todo o orçamento nacional da divisão de vida selvagem do país.

“O resultado não é apenas devastador para o meio ambiente e as economias locais, mas para todos aqueles que são ameaçados por estas empresas criminosas. O mundo precisa se unir agora e tomar medidas nacionais e internacionais fortes para levar o crime ambiental ao fim”, afirma Achim Steiner, Diretor Executivo do Pnuma.

Com informações do O Eco