Estado australiano proíbe corrida de galgos
O estado australiano de Nova Gales do Sul anunciou na última semana a proibição das corridas de galgos após uma investigação que revelou o uso de iscas vivas e o sacrifício de milhares de cães considerados muito lentos. A proibição se tornará efetiva em 1º de julho de 2017.
A indústria australiana das corridas de galgos é uma das mais ativas do mundo. Na Austrália são muito populares e costumam ser realizadas nos canódromos, um circuito no qual os galgos correm atrás de uma lebre mecânica.
No ano passado, a televisão pública ABC revelou que nos treinamentos eram utilizados porcos pequenos, coelhos e gambás, que depois eram devorados pelos cães. A divulgação da reportagem levou as autoridades de Nova Gales do Sul a abrir uma investigação, que também revelou que cachorros considerados muito lentos eram sacrificados.
Segundo a investigação, ao menos 68 mil cachorros foram sacrificados nos últimos 12 anos e acredita-se que entre 10% e 20% dos treinadores usam iscas vivas.
Além disso, descobriu-se que, a cada ano, cerca de 180 cães são obrigados a suportar ferimentos como fraturas de crânio ou costas quebradas durante as corridas, que já levaram a mortes imediatas.
“Não podemos simplesmente ficar parados e permitir a ocorrência de maus-tratos generalizados e sistêmicos de animais. As corridas de cães já foram banidas em muitos países e em muitos estados dos Estados Unidos e é legalizada em apenas oito países em todo o mundo. O Nova Gales do Sul será o primeiro estado da Austrália a proibi-las”, disse o premier de Nova Gales do Sul, Mike Baird, na rede social Facebook.
O Território da Capital Australiana afirmou que provavelmente irá seguir o mesmo caminho, embora as corridas ocorram em menor escala na região.